Fechar
GP1

Política

Bolsonaro é alvo de panelaços pelo segundo dia consecutivo

Foram registrados protestos ao menos em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Vitória, Belo Horizonte, Porto Alegre, Maceió e Natal.

Pelo segundo dia consecutivo, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de panelaços. Na noite desta quarta-feira, 18, foram registradas manifestações pelo menos em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Vitória, Belo Horizonte, Porto Alegre, Maceió e Natal. Os protetos estavam marcados para as 20h30, mas começaram ao menos uma hora antes.

Aos gritos de “Fora, Bolsonaro”, manifestantes bateram panela dentro de casa em pelo menos 10 bairros da capital paulista: Vila Romana, Barra Funda, Butantã, Santo Amaro, Aclimação, Cambuci, Jardins, Higienópolis, Alto da Santana e Morumbi.

Rio de Janeiro

No Rio, o panelaço e os gritos de protesto começaram parte na tarde desta quarta-feira durante a entrevista coletiva, em Brasília, do presidente Bolsonaro e de alguns ministros sobre a pandemia do Covid-19. Enquanto as declarações eram transmitidas pela televisão, houve manifestações pelo menos nos bairros da Lagoa, Leme, Laranjeiras, Cosme Velho e Flamengo. “Fora Bolsonaro” e “canalha” foram algumas das palavras gritadas pelos manifestantes, das janelas dos prédios.

Os protestos na cidade foram retomados depois, quando Bolsonaro voltou a se pronunciar, à noite. Houve panelaços em Flamengo, Botafogo, Laranjeiras, Copacabana, Ipanema, e Glória, na zona sul, e no Grajaú, na zona norte da capital. Em Niterói, do outro lado da Baía de Guanabara, também foi possível ouvir o bater de panelas. Em todos, houve gritos de “Fora” dirigidos ao presidente.

Salvador

Em Salvador, foram registrados apitaços e panelaços contra o presidente Jair Bolsonaro em várias regiões em dois momentos: às 19h30 e 20h. As manifestações ocorreram tanto em bairros populares quanto nos de classes média e alta. O panelaço durou de 5 até 8 minutos em algumas regiões.

Gritos de “Fora Bolsonaro”, “Fora Fascista” e “Fora Bozo” foram registrados em vídeos feitos pela população e compartilhados por WhatsApp e outras redes sociais. Em bairros mais centrais como Gamboa, Federação, Campo Grande houve panelaço. Em bairros próximos à orla marítima da capital como Barra (onde normalmente ocorrem manifestações pró-Bolsonao), Corredor da Vitória, Graça, Pituba, Candeal, Rio Vermelho, Caminho das Árvores, Itaigara e Jardim Apipema registraram apitaços e panelaços.

Porto Alegre

Em Porto Alegre, o panelaço contra o presidente Jair Bolsonaro também foi registrado de Norte a Sul da cidade, inclusive em bairros com maior poder aquisitivo como Auxiliadora, Menino Deus, Bom Fim, entre outros. Nas ruas, motoristas também promoveram buzinaços pelas vias da capital gaúcha em áreas consideradas de reduto bolsonarista.

Belo Horizonte

Na capital mineira, panelaços e gritos de "fora Bolsonaro" foram registrados a partir das 20h. No bairro Serra, na Zona Sul de Belo Horizonte, região de classe média alta da cidade, o protesto foi intenso. Houve ainda gritos de "incompetente" e buzinaço. Alguns usavam apitos.

Houve panelaço também em bairros como Sion, Cruzeiro e Santo Antonio, também na Zona Sul, e Dona Clara, na Zona Norte da capital, e Buritis, na região Oeste. Às 20h30, nova onda de panelaços foi registrada. Nas redes sociais, ao longo do dia, houve compartilhamento de mensagens chamando para os panelaços às 20h e às 20h30.

Vitória

Em Vitória, o som de panelas foi ouvido na Praia do Canto e Jardim Camburi. Já em Jardim da Penha e no Centro Histórico, fogos de artifício foram lançados, seguido de gritos pedindo "Fora Bolsonaro".

Em Vila Velha, os mesmos gritos foram na Praia da Costa, bairro nobre da cidade. No sul do Estado, também houve manifestação contrária ao governo em bairros de Cachoeiro de Itapemirim.

Maceió

Em Maceió, o protesto começou por volta das 20h15, logo após os primeiros vídeos dos atos pelo Brasil serem postados no Twitter. A grande concentração de pessoas que aderiram ao panelaço foi nos bairros de Ponta Verde e Jatiúca, área nobre da capital e mesma região em que os moradores bateram panelas contra os ex-presidentes Dilma Rousseff, em 2015 e 2016, e Michel Temer, em 2018. Mas nesta quarta, também foi registrado protesto em bairros mais afastados da orla. Das janelas e varandas dos apartamentos, foi possível ouvir gritos de "fora, Bolsonaro". O barulho durou até por volta das 20h

O panelaço anti-Bolsonaro foi mobilizado via redes sociais em substituição às manifestações de rua que foram canceladas por conta do novo coronavírus. A hashtag (palavra-chave) #ForaBolsonaros já é um dos tópicos mais comentados do Twitter no Brasil.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 18, Bolsonaro afirmou que encara qualquer movimento por parte da população como uma expressão da democracia. “Qualquer manifestação popular nas ruas ou dentro de casa, como o panelaço, nós, políticos, devemos entender como a pura manifestação da democracia.”

Em seguida, o presidente citou que seus apoiadores organizaram um panelaço a favor do governo para 30 minutos depois da oposição, mas que veículos da imprensa não falaram sobre o ato. “A TV Globo divulgou esse movimento do panelaço, bem como a Veja Online. Mas não vi esses órgãos da imprensa falando que corre nas mídias sociais um panelaço às 21h favorável ao governo Jair Bolsonaro”, disse. No Twitter, ele ainda reforçou a mensagem:

A noite da última terça-feira, 17, também contou com panelaço contra o presidente em ao menos doze bairros da capital paulista: Bela Vista, Barra Funda, Campos Elíseos, Consolação, Higienópolis, Jardins, Perdizes, Pinheiros, Pompéia, Praça Roosevelt, Santa Cecília, Vila Madalena e Vila Romana. Também houve registros no Rio de Janeiro e em Brasília.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.