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'Decidi não me vacinar contra covid', afirma Jair Bolsonaro

“Eu decidi não tomar a vacina. Eu estou vendo novos estudos, e minha imunização está lá em cima", disse.

O presidente Jair Bolsonaro disse na terça-feira, 12, que decidiu não tomar vacina contra covid-19 e que a imunização, para ele, “não tem cabimento”. Ele justificou a decisão pelo fato de já ter sido infectado pela doença. A declaração foi feita ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan.

“Eu decidi não tomar mais a vacina. Eu estou vendo novos estudos, e minha imunização está lá em cima. Para que vou tomar? Seria a mesma coisa que você jogar R$ 10 na loteria para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí”, disse o presidente.

Em abril deste ano, o mandatário afirmou que pretendia tomar a vacina “por último”, depois que todas as pessoas recebessem suas doses. Bolsonaro está apto a ser imunizado no Distrito Federal desde o dia 3 de abril de 2021.

O presidente também voltou a falar sobre à adoção do “passaporte da vacina” por Estados e municípios e se queixou por não ter as decisões relacionadas à pandemia centralizadas em seu governo. No início da pandemia, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que compete aos governadores e prefeitos a definição de medidas restritivas. “O prefeito, na ponta da linha, é quem decide as medidas restritivas a serem adotadas. As consequências disso podem ser as piores”, afirmou.

A respeito da CPI da Covid, Bolsonaro disse que a comissão faz “barbaridade” ao procurar indícios de corrupção em seu governo. Ele se defendeu das suspeitas que permeiam a compra da vacina indiana Covaxin e disse notar desgaste em seu governo pelo fato de “baterem” na tecla de que ele poderia ter comprado vacinas em 2020. “Qual país do mundo comprou vacina ano passado?”, indagou em sua defesa.

'Não mandei nenhum ministro agir contra Mendonça'

Bolsonaro comentou o desentendimento entre o pastor Silas Malafaia e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, em torno da aprovação de André Mendonça para vaga no STF. Apoiador do presidente, Malafaia acusa ministro de trabalhar contra a nomeação do ex-advogado-geral da União para a Corte.

Segundo o pastor, Ciro estaria articulando o nome de Alexandre Cordeiro de Macedo, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para a vaga, e teria inclusive discutido o assunto em jantar com o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

“Não dei ordem para nenhum ministro trabalhar contra o André Mendonça, muito pelo contrário, e, se isso aconteceu, não tenho conhecimento. Agora, jantares existem aos montes em Brasília. Prefiro não jogar lenha na fogueira”, disse Bolsonaro.

O presidente confirmou que a indicação do ex-AGU é um aceno à sua base de apoio evangélica, e disse que, se aprovado, Mendonça vai ter atuação na Corte alinhada aos interesses desse grupo. “Ele vai ser contra as pautas progressistas, vai defender a família lá dentro”, disse.

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