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Política

Presidente do CFM repudia abordagem de senadores a médicas na CPI da Covid

O médico Mauro Ribeiro repudia também o tratamento dado às médicas Mayra Pinheiro e Nise Yamaguchi.

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, divulgou nessa quarta-feira (02) um vídeo criticando a atuação dos senadores da CPI da Covid durante o depoimento das médicas médicas Mayra Pinheiro e Nise Yamaguchi, nos dias 24 de maio e 1º de junho, respectivamente. Para o médico, o ambiente onde estão sendo realizadas as reuniões da comissão é tóxico.

Segundo o presidente, o tratamento dado às médicas foi inaceitável, tendo sido destratadas por alguns senadores. “Infelizmente, o que nós temos visto nessa CPI da Covid é inaceitável, é intolerável, principalmente, quando nós vemos médicas como no caso da doutora Nise Yamaguchi e da doutora Mayra Pinheiro que estiveram lá recentemente sendo completamente destratadas por alguns senadores que fazem parte daquela Comissão Parlamentar de Inquérito, e isso para o CFM, como instituição maior da medicina brasileira, é intolerável, é inaceitável sob todos os pontos de vista”, afirmou.

Ainda de acordo com Mauro, a instituição não está em defesa do que foi dito pelas médicas, mas sim contra a falta de respeito. “Nós não entramos no mérito das declarações da doutora Mayra e da doutora Nise, elas são as únicas responsáveis por aquilo que elas declaram dentro da CPI. A nossa fala não é dando apoio aquilo que as duas médicas falaram dentro da CPI, a nossa fala é em relação a total falta de educação e respeito àquelas duas mulheres médicas que foram lá falar e dar o seu melhor depoimento dentro daquilo do que era perguntado”, explicou.

“Elas não tiveram a oportunidade de responder, elas foram maltratadas, a todo momento interrompidas, incapazes de terminar um único raciocínio, particularmente o comportamento do médico e senador Otto Alencar foi inconcebível, inaceitável com aquilo que ele fez com a doutora Nise Yamaguchi”, completou.

O médico garantiu ainda que será enviado ofício ao presidente do Senado Federal cobrando providências quanto ao que aconteceu. "Comunico que encaminharemos ofício ao senador Rodrigo Pacheco no sentido de que alguma coisa seja feita contra aquele ambiente tóxico, contra aquele ambiente que se estabeleceu na Comissão Parlamentar de Inquérito", disse.

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