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Política

Polícia Federal abre inquérito para investigar Milton Ribeiro

A investigação solicitada pela Procuradoria-geral da República foi autorizada pela ministra Cármen Lúcia.

A Polícia Federal abriu nesta sexta-feira, 25, um inquérito para apurar se o ministro da Educação, Milton Ribeiro, favoreceu pastores na distribuição de verbas da pasta. O caso foi revelado pelo Estadão.

A investigação foi solicitada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, que viu indícios dos crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa. Até o momento, o inquérito atinge apenas o ministro, servidores do Ministério da Educação (MEC), pastores e prefeitos.

Em ofício enviado ao gabinete da ministra Cármen Lúcia, relatora do caso, o delegado Bruno Calandrini informou que o inquérito foi cadastrado no âmbito da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor). A corporação tem 30 dias para entregar o primeiro relatório ao STF.

Ao autorizar a apuração, Cármen Lúcia disse que os fatos são ‘gravíssimos’ e cobrou uma ‘investigação imediata, aprofundada e elucidativa’.

“O cenário exposto de fatos contrários a direito, à moralidade pública e à seriedade republicana impõe a presente investigação penal como atendimento de incontornável dever jurídico do Estado e constitui resposta obrigatória do Estado à sociedade, que espera o esclarecimento e as providências jurídicas do que se contém na notícia do crime”, afirmou a ministra.

Mais cedo, a superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal já havia instaurado uma investigação sobre o gabinete paralelo de pastores no MEC. A diferença é que naquela apuração, aberta com base em informações compartilhadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), Milton Ribeiro não é investigado. O foco são suspeitas de repasses irregulares de recursos, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a municípios ligados aos pastores.

Em transmissão ao vivo na noite de ontem, Bolsonaro disse que coloca ‘a cara toda no fogo’ pelo ministro da Educação. Ribeiro, por sua vez, negou que tenha determinado a distribuição de recursos para ‘favorecer o desfavorecer qualquer município ou Estado’ ou para ‘qualquer denominação religiosa’. Também afirmou que o presidente ‘não pediu atendimento preferencial a ninguém’.

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