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Política

Twitter bloqueia conta do PCO após decisão de Alexandre de Moraes

O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, classificou a ordem do ministro como um ato autoritário.

A conta oficial do Partido da Causa Operária (PCO) no Twitter foi oficialmente bloqueada nesta quarta-feira, 22. A plataforma atendeu hoje a decisão dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no início deste mês, quando a legenda de esquerda radical foi incluída no inquérito das fake news.

O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, usou o Twitter para criticar a decisão. O dirigente do partido classificou a ordem do ministro do Supremo como um ato autoritário nos moldes dos que ocorreram durante a ditadura militar. A decisão de Moraes também determinou a exclusão dos perfis da sigla no Facebook, Tiktok, Instagram, Telegram e Youtube.

Foto: Mateus Bonomi/Agif - Agência de Fotografia/Estadão ConteúdoAlexandre de Moraes
Alexandre de Moraes

“Conta do PCO no Twitter, com 45 mil seguidores, acaba de ser derrubada por ordem de Alexandre de Moraes”, escreveu. "Na época da ditadura militar censuravam matérias. Hoje fecham órgãos de comunicação inteiro. Ficamos cientes de que a luta contra a liberdade de expressão avança”, completou Pimenta na publicação.

Até o momento, somente o Tiktok e o Twitter acataram a decisão de Moraes. Em manifestação enviada ao Supremo, a rede social de vídeos argumentou que o bloqueio do perfil do PCO, um “partido político regularmente constituído”, “fere gravemente as garantias constitucionais de liberdade de expressão e de acesso à informação”.

As publicações do PCO que levaram ao bloqueio tratavam Alexandre de Moraes como “skinhead de toga” e “tucano fascista” com “sanha por ditadura”. As postagens nas redes sociais também defendiam a “dissolução do STF”, além de levantar acusações, sem provas, de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria preparado ações para fraudar o resultado das eleições em caso de eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Moraes argumentou na decisão contra o PCO que haveria indícios de uso da estrutura do partido para “impulsionar a propagação de declarações criminosas” e “ataques escancarados e reiterados às instituições democráticas”. No despacho, o ministro ainda determinou que o presidente da sigla fosse interrogado pela Polícia Federal.

A inclusão do PCO no inquérito das fake news alterou a lógica até então predominante nas investigações sob relatoria de Alexandre de Moraes no Supremo, que focam nas campanhas de disseminação de notícias falsas promovidas por aliados do governo Jair Bolsonaro (PL).

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