O dólar começou o pregão desta quarta-feira, 26, cotado a R$ 4,4120, em meio aos ajustes pós-carnaval, quando os ativos internacionais tiveram perdas fortes por causa da disseminação do coronavírus fora da China. A moeda americana chegou a atingir R$ 4,4420 e às 15h18 tinha alta de 0,97%, cotada a R$ 4,4367.
A queda nos preços do petróleo, a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil e o risco político no País aumentam a cautela do mercado.
De acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, acompanhando nove casas de câmbio, o dólar turismo chega a ser negociado a R$ 4,64. O valor mais baixo encontrado nesta quarta é de R$ 4,56.
Antes mesmo da abertura do pregão, às 13h nesta quarta-feira, o BC anunciou leilão das 13h30 às 13h40 de até 10.000 contratos de swap cambial, em um total de US$ 500 milhões.
O Ibovespa iniciou o dia com forte queda, perdendo quase 5,7 mil pontos entre a mínima (108.008,17 pontos) e o fechamento de sexta-feira (recuo de 0,79%, aos 113.681,42 pontos), se ajustando ao declínio dos dois últimos dias em Nova York, de cerca de 6%, quando a B3 ficou fechada.
Às 15h04, o índice cedia 5,45%, aos 107.480,33 pontos, com queda generalizada da carteira, apesar da alta em Nova York.
Ações têm forte desvalorização
A aversão ao risco no mercado com a difusão do coronavírus e os ajustes às quedas de papéis de empresas brasileiras (ADRs) em Nova York na segunda e na terça prejudicam as ações do setor aéreo: Azul PN caía 9,47% e Gol PN tinha declínio de 7,78%. Vale ON e Petrobrás perdiam na faixa de 7%.
O setor de alimentos também tem perdas. JBS ON entrou em leilão após cair 6,54%. Marfrig ON tem baixa de 4,29%, enquanto que BRF ON cai 3,59%. Fora do índice, Minerva ON registra baixa de 4,31%.
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