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Saúde

Bolsonaro vai pedir a Mandetta isolamento apenas para grupo de risco

Após fazer um pronunciamento criticando o confinamento e defendendo a abertura de comércios, o chefe do Planalto pediu a adoção do que chamou de "isolamento vertical".

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pedirá ao Ministério da Saúde mudança na orientação de isolamento da população durante a pandemia do novo coronavírus apenas para idosos e pessoas com comorbidades (outras doenças). Ao deixar o Palácio da Alvorada, Bolsonaro relatou que vai conversar com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a decisão.

Após fazer um pronunciamento criticando o confinamento e defendendo a abertura de comércios, o chefe do Planalto pediu a adoção do que chamou de "isolamento vertical", ou seja, apenas para o grupo de risco.

"Conversei por alto com o Mandetta ontem (terça-feira). Hoje vamos definir essa situação. Tem que ser, não tem outra alternativa", disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada. "A orientação vai ser vertical daqui para frente. Eu vou conversar com ele e tomar a decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com o Mandetta sobre essa orientação."

Nesta quarta-feira, 25, Bolsonaro voltou a dizer que há "histeria" e "comoção" com o coronavírus. "É preciso botar povo para trabalhar e preservar idosos", afirmou.

Bolsonaro falou que os profissionais autônomos estão sem trabalhar e as empresas sem produzir. Há risco, disse o presidente, de faltar dinheiro para pagar servidores públicos se a economia nacional entrar em colapso.

"O que precisa ser feito: botar esse povo para trabalhar, preservar os idosos, preservar aqueles que têm problemas de saúde, mais nada além disso. Caso contrário, o que aconteceu no Chile vai ser fichinha perto do que pode acontecer no Brasil", afirmou Bolsonaro.

"Todos nós pagaremos um preço que levará anos para ser pago, se é que Brasil não possa ainda sair da normalidade democrática que vocês tanto defendem. Ninguém sabe o que pode acontecer no Brasil".

O presidente justificou sua exposição, mesmo não seguindo as orientações de autoridades sanitárias, para levar à população "uma mensagem de paz, tranquilidade, serenidade".

Segundo Bolsonaro, foi ele mesmo quem escreveu o discurso transmitido em rede nacional, em que contrariou todas as recomendações das autoridades sanitárias para este período de quarentena, em razão do avanço da pandemia.

Até o momento, o Brasil registrou 46 mortes pelo novo coronavírus. Há 2.201 confirmados com registros em todas os Estados e no Distrito Federal.

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