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Saúde

Aparecida de Goiânia reforça medidas após primeira morte pela Ômicron

O homem de 68 anos que se tornou a primeira vítima da variante era portador de duas comorbidades.

Primeira morte pela variante Ômicron registrada no Brasil nesta quinta-feira, 6, o homem de 68 anos que faleceu em Aparecida de Goiânia estava internado no Hospital Municipal da cidade e era morador de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) também localizada no município localizado na Região Metropolitana de Goiás. A confirmação do primeiro óbito pela variante foi realizada por sequenciamento genômico, através do Programa de Vigilância Genômica de Aparecida, 10 dias após a declaração de transmissão comunitária na cidade.

O homem que se tornou a primeira vítima da nova variante no Brasil, de acordo com o secretário de Estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, apesar de ter sido imunizado com três doses da vacina contra a covid-19, era portador de duas comorbidades: doença pulmonar obstrutiva crônica (fibrose pulmonar) e hipertensão arterial. “Seu pulmão já era bem comprometido. O tecido pulmonar, por exemplo, não fazia mais as trocas gasosas de forma eficiente”, explicou Alexandrino, que ressaltou estar acompanhando de perto, juntamente ao secretário municipal de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães, os casos de Ômicron em Goiás.

De acordo com Ismael, até o momento, foram registrados 55 casos da variante em Aparecida de Goiânia. Os primeiros dois casos foram identificados em Aparecida de Goiânia no dia 12 de dezembro. O secretário municipal de Aparecida afirma que, desde que foram detectados, foram reforçados ainda mais os sequenciamentos genéticos para que fosse possível monitorar o crescimento da variante, que é mais transmissível. “Com a confirmação do primeiro óbito, seguimos em alerta”, pontua.

Segundo Magalhães, todas as medidas de prevenção e combate ao coronavírus passam a ser reforçadas. “Vamos intensificar nossa testagem em massa, monitorar o crescimento de casos e reforçar com a população as medidas de prevenção, uma vez que nos últimos 10 dias vimos o índice de positividade aumentar de 5% para 11%. Concomitantemente, conclamamos a população a se vacinar. Reforçamos nosso programa de testagem em massa que já fez mais de 415 mil exames RT-PCR, padrão ouro para diagnóstico da covid-19”, explica o secretário de saúde municipal.

Ao Estadão, Alessandro ainda creditou a identificação do óbito pela variante Ômicron ao intenso trabalho de sequenciamentos genéticos que vem sendo realizados na cidade. “Acredito que o Brasil já tenha tido outras mortes em decorrência da Ômicron, porém o número de sequenciamento ainda é baixo e os óbitos podem ter passado despercebidos. Em Aparecida já fizemos 2.386 sequenciamentos”, opinou.

Nos sequenciamentos, a prevalência da variante alcançou a casa dos 93,5%. Em novembro de 2021, a prevalência da variante Delta era 100%, reforçando a rapidez da disseminação da Ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul. “Estamos atentos a qualquer alteração no cenário da pandemia. Nossa estratégia permanece a mesma indicada pela OMS: testar, monitorar, cuidar e vacinar”, disse. Segundo Ismael, não há registros de outros casos graves da variante no Estado.

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