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Polícia

Exclusivo! DHPP pede que mãe de Izadora Mourão seja monitorada por tornozeleira

A medida deve garantir que a acusada não tenha contato com demais testemunhas.

A Polícia Civil do Piauí, através do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), encaminhou um pedido à Justiça com a adoção de medida cautelar, a fim de garantir que a mãe de Izadora Santos Mourão, Maria Nerci, não mantenha contato com testemunhas do caso que investiga o assassinato da advogada, que foi morta com sete golpes de faca na manhã do dia 13 de fevereiro de 2021, na cidade de Pedro II, região Norte do Piauí.

No pedido, a autoridade policial sustentou que a medida cautelar diversa da prisão tem como objetivo garantir que Maria Nerci, que ainda permanece solta, não venha a atrapalhar a instrução processual em que figura também como autor material seu filho, João Paulo dos Santos Mourão, preso dois dias depois após o crime bárbaro.

Com a prisão de João Paulo, Maria Nercy dos Santos Mourão passou a morar apenas com seu outro filho na mansão onde tudo aconteceu.

Confira a reportagem na íntegra a seguir:

Entenda o caso

Izadora Santos Mourão, 41 anos, foi assassinada com sete facadas dentro de casa, no município de Pedro II, no sábado (13). Inicialmente, circulou-se a informação de que ela teria sido morta por uma mulher, que sequer foi identificada.

Com avanço das investigações, os policiais do DHPP acabaram descobrindo que, na verdade, o irmão de Izadora, João Paulo dos Santos Mourão, havia montado um narrativa com a ajuda da mãe para despistar o rumo da investigação e encobrir a verdadeira autoria do crime, que aos poucos veio à tona e culminou com a prisão do irmão dois dias depois.

Indiciamento

O delegado Francisco Costa, o Barêtta, coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou na manhã da última terça-feira (23), durante entrevista ao GP1, que a Polícia Civil indiciou o jornalista João Paulo Santos Mourão e sua mãe Maria Nerci pelo assassinato da advogada Izadora Santos Mourão. De acordo com o delegado, o crime foi premeditado.

Segundo Barêtta, João Paulo e Maria Nerci foram indiciados pelo crime de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, sem chance de defesa e feminicídio). Já a mãe vai responder ainda por coação a testemunha no curso do processo e fraude processual.

De acordo com o delegado, ficou comprovado que Maria Nerci estava na cena do crime. “Nós provamos que ela estava na cena do crime, lá foram desferidas sete facadas, não posso mais dar detalhes porque o juiz decretou sigilo das investigações, mas o trabalho foi muito bem feito, tanto a prova material como a prova documental estão muito bem harmonizadas”, afirmou.

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