A Polícia Civil do Piauí indiciou o empresário José Olavo Davi Lemos da Silva, a ex-sócia Elis Miranda Sapucaia Costa e a ex-mulher Daniela Borges dos Santos pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa no âmbito da Operação Lobo, que investiga um esquema fraudulento de investimentos, que causou prejuízos de R$ 10 milhões a mais de 50 vítimas, em diversos estados do país.
O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário pela Delegacia de Repressão e Combate a Crimes de Informática (DRCI).

De acordo com a Polícia Civil, José Olavo Davi Lemos da Silva atraía pessoas com a promessa de altos rendimentos por meio de supostos aportes em plataformas de investimento, com envio de extratos falsificados, participação ativa em grupos de investidores e linguagem técnica para reforçar a credibilidade do golpe.
As investigações apontaram que os valores repassados ao golpista jamais eram aplicados e as vítimas sofriam prejuízos expressivos. O esquema fez vítimas nos estados do Piauí, São Paulo, Bahia, Santa Catarina, Ceará e parte dos valores obtidos eram utilizados na aquisição de veículos de luxo, viagens internacionais, objetos de grife e despesas pessoais incompatíveis com a renda declarada dos envolvidos.
À Coluna, o coordenador da DRCI, delegado Humberto Mácola, afirmou que a investigação foi concluída no prazo de 10 dias e todos os alvos foram indiciados. “O inquérito será entregue à Justiça com a primeira fase das investigações e os elementos de investigação concluídos. Estamos recebendo outras informações que, provavelmente, gerarão a abertura de um novo inquérito policial, em virtude da grande soma em valor de prejuízo às vítimas, 10 milhões de reais. Estamos recebendo algumas informações de outros estados também e as informações, em se confirmando, teremos a deflagração de novas operações”, pontuou o delegado Humberto Mácola.

Rapidinhas
Acusado de liderar esquema de golpe milionário permanece preso
Por se tratar de uma prisão preventiva, com prazo indeterminado, José Olavo Davi Lemos da Silva, apontado como líder do esquema, permanece preso. Já a ex-esposa, Daniela Borges dos Santos, e a ex-sócia Elis Miranda Sapucaia Costa já estão em liberdade.
“O cabeça da organização, o líder, segue preso. Nós representamos pela prisão preventiva dele e foi deferido pelo Poder Judiciário. Em relação aos personagens que eram considerados periféricos, no caso a ex-esposa dele e a ex-sócia, foi representado pela prisão temporária, mas as duas já estão em liberdade, a ex-esposa cumpriu o prazo legal de cinco dias e a ex-sócia foi posta em liberdade no momento em que se apresentou, espontaneamente. O advogado dela entrou em contato conosco e, em virtude de ela ter colaborado bastante no interrogatório, trazendo elementos indispensáveis para a investigação, ela foi colocada em liberdade, logo em seguida”, explicou o delegado Humberto Mácola.
Caso Tatiana Medeiros: PF cumpre novas diligências do Ministério Público
O Ministério Público Eleitoral requisitou diligências complementares no inquérito policial que investiga a vereadora Tatiana Medeiros, presa no contexto da Operação Escudo Eleitoral II, deflagrada em 03 de abril de 2025, que apura o financiamento de campanha com recursos ilícitos da facção criminosa Bonde dos 40.

A Coluna apurou que as diligências estão em curso e serão findadas em breve, a fim de que o Ministério Público possa se debruçar sobre o relatório policial e oferecer denúncia contra a parlamentar e demais alvos citados no inquérito policial.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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