A Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), representou pela prisão preventiva de Gustavo Manoel Silva da Conceição, acusado de chefiar um grupo acusado de orquestrar um esquema de 'sextorsão' contra um empresário de Teresina, de iniciais S. F. de A. F. O pedido foi assinado nessa segunda-feira (07) pelo delegado Humberto Mácola, coordenador da DRCI.
Gustavo Manoel Silva da Conceição está foragido desde a deflagração da Operação Cativeiro, ocorrida no último dia 02 de abril, no município de Açailândia, no estado do Maranhão.

As investigações da Polícia Civil do Piauí identificaram que, em março do ano passado, o empresário começou a trocar mensagens pelo Instagram com duas mulheres. A partir de então, ele começou a enviar fotografias e vídeos íntimos para as mulheres. Contudo, ao perceber que estava sendo enganado por perfis falsos, a vítima passou a ser extorquida e, com medo de ter imagens suas divulgadas, transferiu aproximadamente R$ 79 mil aos criminosos.
Esquema era orquestrado por Gustavo Manoel
Os investigadores da DRCI acabaram constatando que esquema era orquestrado por um homem, identificado como Gustavo Manoel, apontado pela Polícia Civil com a pessoa responsável por criar os perfis falsos, os quais eram vinculados a imagens de mulheres conhecidas. A partir disso, Gustavo Manoel conseguia atrair homens para iniciar um relacionamento, sempre por meio cibernético.
Acusado usou conta bancária da avó
Uma das mulheres que acabaram sendo presas trata-se da senhora Maria de Jesus Araújo, que é avó de Gustavo Manoel. Segundo o delegado Humberto Mácola, coordenador da DRCI, Gustavo Manoel utilizou a conta da própria avó para receber valores oriundos dos golpes. “A avó é vendedora de ‘dindin’, uma pessoa muito humilde, não letrada, não sabe nem o que é Instagram, inclusive no interrogatório ela perguntou o que era isso”, continuou Humberto Mácola. Ela acabou tendo o benefício do alvará de soltura, logo após a polícia constatar que ela não tinha conhecimento do crime e tinha sua conta operada pelo neto.
Terror psicológico
O delegado enfatizou que o grupo criminoso se valia de terror psicológico contra as vítimas. “Só da vítima do Piauí foi aproximadamente setenta e nove mil reais em prejuízo, e o nome da operação é Cativeiro Digital justamente por isso, porque o criminoso da ‘sextorsão’ coloca a vítima em uma verdadeira prisão psicológica, a vítima fica aterrorizada com o que está acontecendo e é um crime grave, por isso foi levado como prioridade”, concluiu.
Rapidinhas
Os demais alvos presos na Operação Cativeiro Digital foram identificados como Francisca Kawane de Sá Cassiano, Maria de Jesus Araújo, Jaqueline Silva da Conceição e Ruan de Araújo Viana.
Todos eles foram presos na ocasião da deflagração da ação policial, no entanto, por terem colaborado com as investigações, demonstrando que não tinham conhecimento do intento criminoso, a autoridade policial não representou pela necessidade da prisão preventiva e se manifestou pela soltura dos demais alvos.
Pleno do TRE deve julgar pedido de liberdade da vereadora Tatiana Medeiros na sexta
O juiz José Maria de Araújo Costa encaminhou para apreciação do Plenário da Corte do Tribunal Regional Eleitoral a análise do pedido de liberdade da parlamentar presa no âmbito da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 03 de abril.

A expectativa é que o Pleno aprecie pedido em caráter liminar até a próxima sexta-feira (11).
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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