O último alvo da Operação Turismo Criminoso, identificado como Wallace Fernandes Moreira Silva, segue foragido da Justiça desde a deflagração da fase ostensiva das investigações que descortinaram um esquema de fraudes contra o Departamento Estadual de Trânsito do Piauí (DETRAN-PI), investigado pelo Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR).
De acordo com o delegado Ferdinando Martins, que presidiu o inquérito policial, além de Wallace Fernandes Moreira Silva, todos os alvos (Bruno Manoel Gomes Arcanjo, Thallyson Santiago Campelo, Pedro Gabriel de Carvalho Sena, Gabriel Seabra Araújo, Carlos André Araújo Santos e Hélcio Laércio da Costa Martins) já são réus na Justiça pelos crimes de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro.

Como funcionava o esquema fraudulento
O investigado era considerado foragido desde setembro de 2024, quando foi deflagrada a Operação Turismo Criminoso, que desarticulou uma organização criminosa responsável por diversas fraudes envolvendo emplacamentos de veículos com documentação falsa, transferências ilegais de propriedade, obtenção de financiamentos bancários fraudulentos, entre outros delitos.
A investigação da Polícia Civil identificou que a organização criminosa utilizava pessoas de baixa renda, conhecidas como "laranjas", para registrar veículos junto ao DETRAN/PI com o uso de notas fiscais falsas. Além disso, tais indivíduos eram aliciados para abertura de contas bancárias destinadas à movimentação e ocultação dos recursos ilícitos obtidos a partir das fraudes.
Durante a deflagração da operação à época, um dos integrantes da organização, ao reagir à abordagem policial na cidade de Santa Luzia do Paruá/MA, foi responsável pela morte do policial civil, Marcelo Soares, do DRACO.
Penúltimo alvo capturado
Thallyson Santiago Campelo foi preso nessa quarta-feira (18) na cidade de Parnaíba. Ele era o penúltimo alvo foragido e acabou sendo localizado pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil do Piauí.
Ele também foi alvo da Operação Bazófia, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2024, que desarticulou um esquema criminoso especializado em fraudes relacionadas ao Auxílio Emergencial e a operações bancárias eletrônicas contra a Caixa Econômica Federal.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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