O uso descontrolado de redes sociais está provocando sérios danos ao cérebro, especialmente nas fases mais sensíveis do desenvolvimento: a infância e a adolescência. Estudos recentes mostram que o excesso de tempo diante das telas — consumindo vídeos curtos, conteúdos rápidos e altamente viciantes — está afetando negativamente a estrutura e o funcionamento cerebral de crianças e jovens.
Especialistas já falam em um verdadeiro "apodrecimento do cérebro", um termo forte, mas necessário para chamar atenção ao que está acontecendo. O que se vê é uma geração perdendo habilidades importantes como concentração, criatividade, empatia e capacidade de reflexão profunda. O cérebro, quando bombardeado o tempo todo por estímulos fáceis e recompensas imediatas, vai se tornando preguiçoso, intolerante ao tédio e incapaz de se engajar em tarefas que exigem esforço mental — como estudar, ler, ouvir ou simplesmente pensar.

Além disso, o uso excessivo das redes sociais tem sido ligado a um aumento preocupante nos casos de ansiedade, depressão, insônia e isolamento social entre os mais jovens. Muitos já não conseguem mais passar um dia — ou até mesmo uma hora — longe da tela do celular.
É por isso que a desintoxicação digital precisa ser levada a sério. Isso não significa cortar a tecnologia por completo, mas sim estabelecer limites claros e saudáveis: tempo de uso controlado, ausência de telas durante as refeições e antes de dormir, incentivo a atividades físicas, contato com a natureza, leitura e interações presenciais. O cérebro precisa de estímulos reais, variados e equilibrados para se desenvolver de forma saudável.
Cuidar da saúde mental das crianças e dos jovens é uma responsabilidade coletiva. E parte disso passa por ajudá-los a reconectar com o mundo real — antes que a mente deles se perca de vez no vazio das telas.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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