A solidão não é apenas um sentimento ruim — ela pode ter efeitos reais e profundos sobre a saúde do corpo e do cérebro. Estudos científicos já comprovaram que o isolamento social prolongado aumenta significativamente o risco de diversas doenças físicas e mentais.
No cérebro, a solidão está associada ao aumento da ansiedade, depressão e até ao risco de demência em idosos. Isso acontece porque a falta de conexões sociais estimula áreas do cérebro ligadas ao estresse e à vigilância constante, como se o corpo estivesse sempre em estado de alerta. Esse estado crônico de tensão desgasta o sistema nervoso.

Já no corpo, a solidão pode aumentar a pressão arterial, elevar os níveis do hormônio cortisol (ligado ao estresse), prejudicar o sistema imunológico e até aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Pessoas solitárias também tendem a dormir pior, alimentar-se mal e se movimentar menos, o que agrava ainda mais o quadro de saúde geral.
Ou seja, sentir-se sozinho com frequência não é apenas uma questão emocional — é um fator de risco para o adoecimento. Por isso, cultivar laços afetivos, participar de atividades sociais, manter contato com amigos e família, ou até mesmo fazer parte de grupos de voluntariado ou de prática de esportes, pode ser uma forma poderosa de cuidar da saúde física e mental.
A solidão adoece, enquanto a conexão entre as pessoas cura.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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