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Ao abrir os jornais, é possível observar a disputa. De um lado, Serra, Aécio, Marina Silva, uma oposição com certa dose de admiração por Lula. De outro, Dilma Rousseff, Ciro Gomes e Heloísa Helena, mais afinados, digamos, à esquerda. Todos têm uma história política, um jeito de ser, o que é compreensível até pela formação de cada um e pela natureza humana. Todavia, nessa época, a grande questão que deve permear nossas reflexões em relação aos candidatos não é quem será o vitorioso, mas até que ponto o próximo presidente dará continuidade aos programas sociais e de inclusão já implantados.

Programas como o PAC, o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Luz para Todos e outros são essenciais e fizeram um marco no desenvolvimento social do nosso país, impulsionando o mercado interno, o que, de certa forma, contribuiu para a superação da crise internacional. Com efeito, o impacto maior desses programas refletiu-se na melhora do nível de vida da população, principalmente no Nordeste. A propósito, esta é a região em que se registrou, nos últimos anos, maior índice de crescimento da renda familiar. Para se ter uma ideia, até mesmo em termos de inclusão digital, houve, no Nordeste, um aumento de 142% no número de domicílios com computador e internet. No restante do país essa elevação foi de 132%.

Discute-se muito a personalidade dos candidatos. No Brasil, a postura ideológico-partidária é frágil e não serve de paradigma para maiores especulações nessa área. É bem verdade que o modo de ser dos prováveis elegíveis mascara de maneira nebulosa a essência dos projetos político-sociais de cada um deles, projetos estes que por ora não estão devidamente perfilados em campanha. Durante este processo eleitoral, o maior desafio é conseguir o compromisso de todos na sequência da postura desenvolvimentista já delineada pelo governo, para que possamos dar continuidade à inclusão social em todos os segmentos da sociedade.

Virar as costas aos pobres, aos negros, aos excluídos é bem pior que rotular um candidato de “durão”, “reacionário” ou “casca-grossa”. O maior desafio não é classificá-los como pessoas, mas tentar descobrir a enorme disposição de cada um deles, através de suas ideias, em continuar fazendo do Brasil um país mais justo e humano para todos nós.

 

Fernando Rizzolo é Advogado, Pós Graduado em Direito Processual, Professor do Curso de Pós- Graduação em Direito da Universidade Paulista (UNIP), Coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, e membro efetivo da Comissão de Direito Humanos da OAB/SP, Articulista Colaborador da Agência Estado, e Editor do Blog do Rizzolo – www.blogdorizzolo.com.br, e autor do livro " Plano Detalhe" publicado pela Editora Giz.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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