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Imagem: ReproduçãoClique para ampliarWilson Martins(Imagem:Reprodução)Wilson Martins
Há muitos petistas por aí que estão se enganando com a cor da chita. O segundo mandato do governador Wilson Martins terá muito pouco do primeiro. Começa que não será tão breve quanto o atual. Portanto, os petistas que se imaginam ser donos do novo governo que comecem a por as barbas de molho. Em janeiro, começa uma nova era administrativa no Piauí.

Como se sabe, Wilson recebeu o cargo, em abril, com a renúncia do governador Wellington Dias, com o compromisso de fazer um governo de continuidade e prestigiar os petistas. Ele cumpriu à risca a palavra empenhada. Dos petistas mais influentes, só não ficou no seu governo quem saiu para ser candidato. E quem saiu deixou outro em sua cadeira.

O governador prestigiou os petistas sem ressalvas. No começo do mandato, identificou uma bandalheira no aluguel de carros para diversos órgãos públicos. Ainda quis pôr a boca no mundo, mas acabou fazendo vistas grossas, para não criar problemas para eles. Identificou, do mesmo modo, uma farra na contratação de mão de obra terceirizada, mas também engoliu em seco.

Agora com mandato renovado, e com ampla base política, o governador se sentirá à vontade para fazer um governo à sua imagem e semelhança. Vai mudar muita coisa. Algumas delas, ele já anunciou, como a redução do tamanho da máquina, com a extinção e fusão de órgãos públicos e o rebaixamento das coordenadorias que têm status de secretaria de Estado.

Em seu novo mandato, Wilson seguramente fará jus à fama de "Trator", que adquiriu nos meios políticos. Não propriamente por ser um truculento, mas porque é determinado e tem arrojo. Nada o afasta do caminho de seus objetivos. Se fez concessões até aqui, foi porque estava enfiado até o gogó numa campanha eleitoral.

Diante disso, os petistas mais agarrados aos cargos e às benesses do poder devem compreender que o seu tempo passou. Eles ainda serão prestigiados, naturalmente, pelo governador, porém apenas com cargos periféricos e com as rédeas curtas, bem ao contrário do que ocorreu nos dois mandatos de Wellington Dias, quando tiveram espaço para pintar e bordar no governo.

*Zózimo Tavares é jornalista e Editor-Chefe do Jornal Diário do Povo

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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