O vaso trincou
Quando o PSDB e o PFL se preparavam para anunciar a aliança para as eleições estaduais de 2006, no Piauí, o ex-prefeito Firmino Filho pegou um avião, foi a Brasília e disse ao ex-governador Hugo Napoleão que ele não deveria ser candidato a senador. O líder pefelista, em seu estilo polido, cunhou a frase que sepultaria de vez a coligação tucano-pefelista: “O vaso trincou”.
Desde ontem, os bombeiros do governo estão em ação para tentar apagar o incêndio provocado pela manhã, na chamada “base”, pelo deputado federal Elizeu Aguiar. O parlamentar do PTB afirmou, em entrevista à TV Cidade Verde, que as indefinições na “base” estão provocando uma mudança de pensamento no seu partido.
Conforme suas declarações, o PTB pode passar para a oposição e apoiar a candidatura de Sílvio Mendes. Ele avisou que essa é uma possibilidade real caso o blocão do governo apresente dois candidatos a governador. Para o deputado, “a união da base não existe” e “os critérios estabelecidos para a escolha do candidato não serão respeitados”.
Eliseu criticou a postura dos outros pré-candidatos que, segundo ele, “colocaram o bloco na rua” e fizeram campanha extemporânea, diferente do PTB. Diante desse novo cenário, o PTB já estuda um alinhamento com o PSDB, até com a possibilidade de o senador João Vicente ser o candidato da oposição.
Mesmo internado no Hospital São Marcos, o presidente regional do PT, deputado Fábio Novo, não deixou as declarações do deputado do PTB sem resposta. Ele rebateu: “Nunca deixamos de cumprir acordos”. O presidente do PT considerou grave a declaração de Elizeu Aguiar sobre portas abertas para entendimentos com adversários do governo.
O deputado Elizeu Aguiar está na Câmara Federal na cadeira do secretário de Educação, deputado Antônio José Medeiros, que retorna a Brasília em abril. Elizeu é um parlamentar comedido. Ele tem estreitas ligações com o senador João Vicente Claudino e, com suas declarações, por certo externou um clima existente no PTB, pois até o início da noite elas não foram negadas pelo partido.
Como diria refinadamente o ex-senador Hugo Napoleão, “o vaso trincou”.
*Zózimo Tavares é Editor Chefe do Diário do Povo
Quando o PSDB e o PFL se preparavam para anunciar a aliança para as eleições estaduais de 2006, no Piauí, o ex-prefeito Firmino Filho pegou um avião, foi a Brasília e disse ao ex-governador Hugo Napoleão que ele não deveria ser candidato a senador. O líder pefelista, em seu estilo polido, cunhou a frase que sepultaria de vez a coligação tucano-pefelista: “O vaso trincou”.
Desde ontem, os bombeiros do governo estão em ação para tentar apagar o incêndio provocado pela manhã, na chamada “base”, pelo deputado federal Elizeu Aguiar. O parlamentar do PTB afirmou, em entrevista à TV Cidade Verde, que as indefinições na “base” estão provocando uma mudança de pensamento no seu partido.
Conforme suas declarações, o PTB pode passar para a oposição e apoiar a candidatura de Sílvio Mendes. Ele avisou que essa é uma possibilidade real caso o blocão do governo apresente dois candidatos a governador. Para o deputado, “a união da base não existe” e “os critérios estabelecidos para a escolha do candidato não serão respeitados”.
Eliseu criticou a postura dos outros pré-candidatos que, segundo ele, “colocaram o bloco na rua” e fizeram campanha extemporânea, diferente do PTB. Diante desse novo cenário, o PTB já estuda um alinhamento com o PSDB, até com a possibilidade de o senador João Vicente ser o candidato da oposição.
Mesmo internado no Hospital São Marcos, o presidente regional do PT, deputado Fábio Novo, não deixou as declarações do deputado do PTB sem resposta. Ele rebateu: “Nunca deixamos de cumprir acordos”. O presidente do PT considerou grave a declaração de Elizeu Aguiar sobre portas abertas para entendimentos com adversários do governo.
O deputado Elizeu Aguiar está na Câmara Federal na cadeira do secretário de Educação, deputado Antônio José Medeiros, que retorna a Brasília em abril. Elizeu é um parlamentar comedido. Ele tem estreitas ligações com o senador João Vicente Claudino e, com suas declarações, por certo externou um clima existente no PTB, pois até o início da noite elas não foram negadas pelo partido.
Como diria refinadamente o ex-senador Hugo Napoleão, “o vaso trincou”.
*Zózimo Tavares é Editor Chefe do Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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