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O vice-governador é tratado como trator: serve para serviço, mas não serve para passeio! Por Zózimo


Wilsão, o trator

Nesta sucessão estadual, o vice-governador Wilson Martins (PSB) está como trator: é bom de serviço, mas não serve para passeio. Ele foi bom para ajudar Wellington Dias a se reeleger e tem se comportado bem como vice, colaborando sempre com o governo.

O nó do processo sucessório se dá, porém, porque o vice se nega a aceitar a renunciar ao cargo e sair para ser candidato a senador ou a ficar no governo sem concorrer à sucessão do governador Wellington Dias.
Imagem: ArquivoWilson Martins(Imagem:Arquivo)Wilson Martins
O governo deu estas duas alternativas para Wilson Martins. Ele refutou a ambas, disposto que está a, em assumindo o governo, pleitear um novo mandato nas próximas eleições. Disso não faz segredo para ninguém. Se não querem que ele seja candidato a governador, que não lhe passem o comando da sucessão estadual.

Wilson Martins topa outros acordos. Um deles é votar no senador João Vicente Claudino para governador, daqui a quatro anos, desde que receba agora o apoio do presidente do PTB. O vice garante que tem como cumprir o acordo, pois em 2014 não poderá ser candidato ao governo outra vez. Até aqui sua proposta não foi considerada.

O problema maior no bloco do governo é que cada um dos quatro pré-candidatos se acha em condição de ser o escolhido para representar o grupo como candidato a governador. Há muito tempo, o senador João Vicente é quem lidera as pesquisas de intenção de voto, porém os demais pretendentes avaliam que podem superá-lo até junho.

Daí vem outro problema, também grande: o prazo fixado pelas lideranças da “base” para definição do candidato é março. Só que esse prazo está cada vez mais próximo e o consenso cada vez mais distante. Que mágica o governador Wellington Dias fará até o final de março para unificar o seu blocão?

O vice-governador Wilson Martins já se mexeu o quanto podia e devia. Agora é só esperar. O governo terá que, mais dia, menos dia, mostrar se de fato confia nele ou não. E, dependendo do tratamento que ele receber, assim será o seu comportamento na próxima campanha para governador.

*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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