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Wilson Martins assumiu o governo na última hora depois de ser humilhado publicamente por Wellington


Imagem: Foto: ReproduçãoGovernador do Piauí Wellington Dias(Imagem:Foto: Reprodução)Governador do Piauí Wellington Dias
E agora, encantador de serpentes?

Os políticos próximos ao ex-governador Wellington Dias sempre o apresentaram como um “encantador de serpentes”. O aposto foi usado em demasia nos últimos sete anos para enaltecer a sua habilidade política e o seu poder de convencimento. Ninguém resistia à sua lábia, era o que se dizia.

O desfecho da sucessão estadual mostrou, porém, que se tratava de propaganga enganosa, como enganosa foi quase toda a propaganda de seu mandato. Wellington arrastou a coligação governista, que ele soberbamente chamava de “base aliada”, ao precipício. O blocão governista se desfez de forma melancólica.

O ex-governador provou, apenas, que não passa de um estrategista político mediano. Ao invés de cuidar da pacificação e do fortalecimento do bloco governista, deu corda a quatro pré-candidaturas, levando aliados fieis a se digladiarem em praça pública durante meses.
Se tivesse alguma coisa de estrategista em sua bagagem, Wellington teria agido como o presidente Lula, que desde o início se fixou em um nome para a sucessão. O presidente cuidou de viabilizar esse nome politicamente e hoje a ex-ministra Dilma Rousseff concorre à presidência da República em pé de igualdade com o seu principal adversário.

Com a estratégia que adotou, Wellington só fez vítimas. A primeira delas foi o seu próprio partido, que hoje se encontra numa posição vexatória para a eleição estadual. O vice-governador Wilson Martins assumiu o governo na última hora, e depois de ser humilhado publicamente por Wellington. O senador João Vicente acreditou em sua palavra e foi enganado.

O ex-governador domonstrou, também, que encantador de serpente não era ele, mas a sua caneta mágica. Sem ela, acabou o encanto.

Ele avocou para si, desde o começo, a coordenação do processo sucessário. E o desfecho foi tão traumático que ele próprio, além de dar um tiro no pé, pode pagar ainda mais caro pela sua inabilidade que ele quis transformar em esperteza.

*Zózimo Tavares é jornalista e editor chefe do Jornal Diário do Povo

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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