Os erros de cada um
Um experiente político do esquema governista, declarou, há pouco dias, numa conversa informal: “Em 2006, a oposição fez tudo errado no Piauí. Agora é o governo que faz tudo errado”. A sua análise para as duas eleições é precisa e irretocável.
Em 2006, a oposição marchava com força para a disputa pelo governo estadual. O candidato era o ex-prefeito Firmino Filho, numa coligação do PSDB com o PFL, à época um partido com densidade eleitoral no interior. Quando se aproximava a data da formalização da aliança, o tucano chutou o pau da barraca.
Depois de andar para cima e para baixo de mãos dadas com os pefelistas, durante mais de um ano, o candidato do PSDB se achou no direito e na obrigação de, inexplicavelmente, vetar a candidatura do ex-governador Hugo Napoleão ao Senado. Desde então, foi pena de tucano e caco de PFL para todos os lados. Ali mesmo Firmino começou a descer a ladeira de sua derrota.
Os pefelistas não podiam correr para o palanque do senador Mão Santa, com quem travaram duelo sem trégua durante seus dois mandatos de governador. Assim, correram para os palanques do governo. E a reeleição do governador Wellington Dias, que seria suada, passou a ser um passeio. Até hoje Wellington agradece a Firmino e ao PFL pelo seu segundo mandato.
Agora, em sua sucessão, Wellington deu uma de Firmino e bagunçou a aliança governista. O PT fez papel de bobo da corte, perdeu a condição de ter candidato próprio e está desestimulado para a eleição. O PMDB também tem suas mágoas e o PTB ainda hoje está sangrando, depois de ser enganado por Wellington.
Apenas o vice-governador Wilson Martins se deu bem. Mas aparentemente. O preço que ele pagou para assumir o governo talvez seja o mais alto de todos. Ele recebeu a cadeira de Wellington sem direito a fazer mudanças. Nem a chiar. Os principais cargos continuam com o PT. O esquema governista já perdeu o PTB, está perdendo o PMDB e os que ficaram estão em situação desconfortável.
Por essa a oposição não esperava.
*Zózimo Tavares é jornalista e editor chefe do Diário do Povo
Um experiente político do esquema governista, declarou, há pouco dias, numa conversa informal: “Em 2006, a oposição fez tudo errado no Piauí. Agora é o governo que faz tudo errado”. A sua análise para as duas eleições é precisa e irretocável.
Em 2006, a oposição marchava com força para a disputa pelo governo estadual. O candidato era o ex-prefeito Firmino Filho, numa coligação do PSDB com o PFL, à época um partido com densidade eleitoral no interior. Quando se aproximava a data da formalização da aliança, o tucano chutou o pau da barraca.
Depois de andar para cima e para baixo de mãos dadas com os pefelistas, durante mais de um ano, o candidato do PSDB se achou no direito e na obrigação de, inexplicavelmente, vetar a candidatura do ex-governador Hugo Napoleão ao Senado. Desde então, foi pena de tucano e caco de PFL para todos os lados. Ali mesmo Firmino começou a descer a ladeira de sua derrota.
Os pefelistas não podiam correr para o palanque do senador Mão Santa, com quem travaram duelo sem trégua durante seus dois mandatos de governador. Assim, correram para os palanques do governo. E a reeleição do governador Wellington Dias, que seria suada, passou a ser um passeio. Até hoje Wellington agradece a Firmino e ao PFL pelo seu segundo mandato.
Agora, em sua sucessão, Wellington deu uma de Firmino e bagunçou a aliança governista. O PT fez papel de bobo da corte, perdeu a condição de ter candidato próprio e está desestimulado para a eleição. O PMDB também tem suas mágoas e o PTB ainda hoje está sangrando, depois de ser enganado por Wellington.
Apenas o vice-governador Wilson Martins se deu bem. Mas aparentemente. O preço que ele pagou para assumir o governo talvez seja o mais alto de todos. Ele recebeu a cadeira de Wellington sem direito a fazer mudanças. Nem a chiar. Os principais cargos continuam com o PT. O esquema governista já perdeu o PTB, está perdendo o PMDB e os que ficaram estão em situação desconfortável.
Por essa a oposição não esperava.
*Zózimo Tavares é jornalista e editor chefe do Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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