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Um dia desses recebi de petistas recalcitrantes e-mail comentando sobre o documento "O Brasil não esquecerá - 45 escândalos que marcaram o governo FHC", de julho de 2002, que foi publicado pela Revista Consciência.Net. Ninguém desconhece a corrupção nos governos. Tanto no governo FHC quanto no do "Dr. Lula", os negócios escusos transitaram e ainda transitam com muita desenvoltura. O mapa da corrupção só muda de endereço.

Mas o que chama a atenção é o fato de o presidente Lula, que dizia ser conhecedor e sabedor das coisas do Brasil, inclusive falou a um jornal francês que conhecia o Caixa 2 dos partidos políticos, não ter tido a coragem de denunciar as safadezas políticas brasileiras e acionar medidas moralizadoras. Ao contrário, ficou silencioso, cometendo crime de responsabilidade. Não fosse o indecoroso ex-deputado Roberto Jefferson, com a corda no pescoço, ter denunciado as falcatruas do PT, com o mensalão subvencionando uma corja de parlamentares para votar as propostas do governo, como a taxação das aposentadorias dos inativos e pensionistas do serviço público federal, tudo continuaria como dantes na terra de Abrantes, e qualquer especulação sobre irregularidades no governo seria rotulada como mera insinuação revanchista de políticos adversários.

Mas a coisa mostrou ser mais profunda com a descoberta do mundo-cão da corrupção política brasileira. Agora pretendem - os simpatizantes do governo federal - isentar ou glorificar o governo Lula para conspurcar a gestão FHC, como se o PT fosse exemplo de alguma vestal, é muita pretensão descabida, para não dizer cara-de-pau.

As pessoas que votaram no PT a vida toda imaginavam que votavam num partido composto de pessoas com práticas diferentes. Ledo engano. São piores, pois se acobertam de grandes espertezas para tirar proveitos. Veja o timoneiro mor do Partido dos Trabalhadores, "o grande Lula": a corrupção em pequena e grande escala acompanha o político inescrupuloso. Por falta de escrúpulo, o presidente Lula não mediu esforço para se beneficiar com isenção de Imposto de Renda ao assinar o Decreto nº 4897, que trata entre outras coisas dos anistiados políticos.

Ao legislar em causa própria Lula cometeu falta grave e sujeita à perda do cargo. Mas como o nosso STF é político, esse decreto não foi derrubado e as imoralidades continuam na terra de Cabral. Se Lula & Cia. podem ter isenção de Imposto de Renda sobre aposentadoria, por que os demais mortais brasileiros não são contemplados? E aí os petistas empedernidos e incomodados com o mapa de corrupção do governo FHC ficam sem ter o que argumentar. Já viu, tudo é corrupção. Governo corrupto e seguidores também corruptos porque votam em políticos corruptos.

É, meus caros, o PT, PSDB, PMDB etc. é tudo rato do mesmo queijo, para não dizer farinha do mesmo saco. Brasileiros, façam corrente, não reelejam ninguém nas próximas eleições. Política não é profissão. O Parlamento precisa sempre de oxigênio novo. A mesmice e a continuação política só envelhecem e desatualizam o desenvolvimento da Nação. O Brasil não precisa da continuação política do Lula através de uma ex-guerrilheira, com passado desabonador, para nos representar. Pensem nisso! Qualquer um, menos Dilma Rousseff.

*Julio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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