*Zózimo Tavares
A campanha eleitoral deste ano está sendo absolutamente atípica, em todos os sentidos. Curiosamente, ela existiu mais quando era proibida pela Justiça Eleitoral. Praticamente desapareceu depois que foi liberada, a partir do último dia 5. Poucos, pouquíssimos candidatos, estão com suas propagandas nas ruas. Se o cenário é este na capital, imagine no interior.
O que leva a uma campanha tão morna? Algumas hipóteses: a primeira delas é que o governador Wilson Martins (PSB) e o senador João Vicente Claudino (PTB), os donos das maiores estruturas de campanha, ainda não ligaram suas máquinas de fazer voto. Sem contar nem com uma vuvuzela, o candidato que lidera as pesquisas, Sílvio Mendes, não tem como fazer barulho.
Outra hipótese: dois pesos-pesados candidatos ao Senado, Heráclito Fortes (DEM) e o ex-governador Wellington Dias (PT), ainda não partiram para a campanha com todo o gás. Ambos estão pendurados na lei da "Ficha Limpa" e, antes de arregaçar as mangas, precisam resolver suas pendências na Justiça Eleitoral.
O senador Mão Santa (PSC), que também tem pendências com a "Ficha Limpa", não dispõe de munição para a campanha. Mais uma vez, vai apelar unicamente para o gogó. O deputado federal Ciro Nogueira (PP), que entrou na última hora como candidato a senador, com musculatura, ainda faz o reconhecimento da área. Só depois disso é que distribuirá seu material.
Sem um empenho maior dos concorrentes a cargos majoritários, os candidatos a mandatos proporcionais cuidam de suas próprias eleições, e as demais lideranças políticas ficam em compasso de espera. Como o cenário é de equilíbrio entre as três principais forças que disputam o governo, todas estão com o freio de mão puxado.
O Piauí vive, assim, uma campanha eleitoral diferente. Uma campanha como há muito não se viu, sem emoção, sem paixão, até aqui sem ninguém disposto a suar a camisa.
*Zózimo Tavares é editor chefe do Jornal Diário do Povo
A campanha eleitoral deste ano está sendo absolutamente atípica, em todos os sentidos. Curiosamente, ela existiu mais quando era proibida pela Justiça Eleitoral. Praticamente desapareceu depois que foi liberada, a partir do último dia 5. Poucos, pouquíssimos candidatos, estão com suas propagandas nas ruas. Se o cenário é este na capital, imagine no interior.
O que leva a uma campanha tão morna? Algumas hipóteses: a primeira delas é que o governador Wilson Martins (PSB) e o senador João Vicente Claudino (PTB), os donos das maiores estruturas de campanha, ainda não ligaram suas máquinas de fazer voto. Sem contar nem com uma vuvuzela, o candidato que lidera as pesquisas, Sílvio Mendes, não tem como fazer barulho.
Outra hipótese: dois pesos-pesados candidatos ao Senado, Heráclito Fortes (DEM) e o ex-governador Wellington Dias (PT), ainda não partiram para a campanha com todo o gás. Ambos estão pendurados na lei da "Ficha Limpa" e, antes de arregaçar as mangas, precisam resolver suas pendências na Justiça Eleitoral.
O senador Mão Santa (PSC), que também tem pendências com a "Ficha Limpa", não dispõe de munição para a campanha. Mais uma vez, vai apelar unicamente para o gogó. O deputado federal Ciro Nogueira (PP), que entrou na última hora como candidato a senador, com musculatura, ainda faz o reconhecimento da área. Só depois disso é que distribuirá seu material.
Sem um empenho maior dos concorrentes a cargos majoritários, os candidatos a mandatos proporcionais cuidam de suas próprias eleições, e as demais lideranças políticas ficam em compasso de espera. Como o cenário é de equilíbrio entre as três principais forças que disputam o governo, todas estão com o freio de mão puxado.
O Piauí vive, assim, uma campanha eleitoral diferente. Uma campanha como há muito não se viu, sem emoção, sem paixão, até aqui sem ninguém disposto a suar a camisa.
*Zózimo Tavares é editor chefe do Jornal Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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