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(*) Lavonério Francisco de Lima

No Estado do Piauí permanece um quadro de desigualdade social assustador, que de acordo com dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada recentemente pelo IBGE, 60% das famílias piauiense vivem com até mil reais e cerca de 330 mil sobrevivem com R$ 511,00 reais, dados que causam horror diante de tanta pobreza e miséria. Apenas 15 mil famílias possuem renda de R$15,4 mil reais mensais.

Diante de tanta concentração de renda, num mar de injustiças sociais gritante, é preciso evitar um futuro assombroso. Porém, infelizmente o Estado não avança em índices sociais, permanecendo na barbárie social, sem nenhuma perspectiva que vise à melhoria da qualidade de vida para grande parte da população local.

Por outro lado, em tempos de eleições gerais, a estimativa é de gastos de campanhas milionárias, num lugar onde a penúria reina. Cabe ao ministério público eleitoral fiscalizar com total rigor o abuso do poder econômico, para evitar a compra de votos, por aqueles que se alimentam da miséria da população.

O cinismo de grupos políticos que governam o Estado causa repugnância e alguns deveriam prestar serviços em penitenciária agrícola, como aprendizado pedagógico de valorização do trabalho. É preciso deletar larápios do cenário político, seja através da legislação eleitoral vigente, ou pelo voto direto, que como abutres do erário público, fazem do povo suas maiores vítimas.

Num país impregnado por uma cultura de corrupção secular, cheio de currais eleitorais, que se mantém a custa da pobreza, ignorância e fome da população carente. Ainda assim, o povo piauiense merece um horizonte de novos tempos. E no dobrar dos sinos das catedrais, um arco-íris de esperança deve brilhar no céu da terra entre rios.

A sociedade almeja políticas públicas que tragam resultados concretos, que melhorem o bem comum e possibilite qualidade de vida para todos com mais harmonia social e menos conflitos.
Nas ruas as campanhas estão aceleradas e a participação popular neste momento é fundamental. Está na hora dos debates de idéias, dos confrontos ideológicos de forma democrática, num processo de sufrágio universal em que vença o melhor.

(*) Lavonério Francisco de Lima é membro da ANE (Associação Nacional de Escritores)

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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