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*Zózimo Tavares

O governador Wilson Martins ainda não se refez do choque que tomou com incêndio que destruiu três Secretarias de Estado no Centro Administrativo: as de Saúde e de Desenvolvimento Tecnológico e da Controladoria Geral do Estado. Por coincidência, o incêndio ocorreu logo depois da deflagração de um processo de investigação do Ministério Público Federal na Secretaria de Saúde, para apurar o desvio de recursos públicos, em gestões passadas.

O fogo destruiu três andares do prédio. Todos os equipamentos, os arquivos, os documentos e toda a memória das Secretarias viraram cinzas. A perda foi grande. Ao ver o estrago, com o prédio ainda em chamas, a secretária de Saúde, deputada Lílian Martins, não resistiu e, desolada, foi às lágrimas.

Por pouco o estrago não foi maior. O Corpo de Bombeiros, apesar da precariedade de seus equipamentos para esse tipo de operação (o fogo atingiu três pavimentos simultaneamente), conseguiu isolar o prédio da Secretaria de Fazenda. Se esta também tivesse sido atingida, até o pagamento do funcionalismo estaria irremediavelmente comprometido.

Apesar do inusitado, o governador Wilson Martins agiu rápido, ao chamar a Polícia Federal para investigar o caso, para saber, em primeiro lugar, se se trata de um incêndio acidental ou criminoso. As chamas começaram no início da noite de segunda-feira e só foram completamente debeladas na madrugada de ontem.

Apenas hoje será concluído o trabalho de levantamento dos dados periciais iniciados ainda na noite do incêndio pela Polícia Federal. O que se sabe é que o prédio estava com suas instalações em perfeitas condições de uso. A manutenção era feita regularmente, inclusive dos equipamentos, e a limpeza era diária.

Agora é aguardar o resultado das investigações, para ver se é possível identificar a causa do incêndio. Até lá muitos continuarão achando estranho que ele tenha acontecido numa Secretaria que está sendo investigada, atingindo outra onde estão os documentos periciados e chamuscando as paredes do órgão fiscalizador das contas do Estado, o Tribunal de Contas.

*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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