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Triste Senado Federal, composto por um Conselho de Ética indecoroso que tem 8 dos 15 membros envolvidos com a Justiça. Na Câmara Federal, 20% do Conselho de Ética também tem pendência com a Justiça, inclusive o presidente da CCJ, João Paulo Cunha, denunciado no mensalão, responde a processo no STF. Uma vergonha ao País! Rui Barbosa, se ainda estivesse vivo, teria muito dificuldade de conviver com a maioria dos políticos nacionais.

Quanto dinheiro de impostos de brasileiros honestos é mal empregado para sustentar políticos oportunistas de seriedades duvidosas. Não podemos deixar de reconhecer que há exceções, mas são poucas.

Quantos políticos velhacos, decrépitos, ultrapassados e que não têm o que fazer em casa, mas têm dinheiro suficiente para bancar de qualquer jeito as suas eleições, conseguem passagem ao Congresso para gozar das mordomias, dos privilégios e das festas do Planalto, enquanto milhões de brasileiros ainda vivem em condições subumanas, como no Estado do Maranhão, dilapidado por oportunistas políticos que só se locupletam como a oligárquica família Sarney de quem o atual presidente do Conselho de Ética, João Alberto, é amigo.

Vive-se num país, dominado por políticos corruptos. Políticos sem escrúpulos, que processados continuam de topetes empinados. Vejam a audácia de ex-governadores, que descaradamente metem a mão no Tesouro para receber pensões imorais.

O voto obrigatório é uma das vertentes da corrupção política e responsável pela péssima qualidade do estamento nacional. É o voto obrigatório, comprado, que inunda o Congresso de políticos indecorosos, os quais vão compor, por exemplo, os conselhos de éticas do Legislativo Federal, lamentavelmente. Por isso, a necessidade de uma ampla reforma política e constitucional, com a participação substantiva da sociedade, para mudar o quadro degradante da política brasileira.

Em todas as vezes que o senador João Alberto ocupou o cargo, ele ajudou a salvar companheiros de partido. Em 2001, por exemplo, apresentou voto em separado contra a cassação do ex-senador Jader Barbalho, que renunciou ao mandato para não ser cassado. Esses fatos negativos têm levado a sociedade a questionar sobre a necessidade de continuação do Senado.

Mas o quadro de “incorruptíveis” senhores do Conselho de Ética do Senado ficou defectivo com a ausência do “ilibado” político Jader Barbalho - que foi salvo pelo gongo técnico-jurídico do ministro do STF, Luiz Fux -, que brevemente retornará ao Senado. E para reflexão: Lênin – Onde termina a política começa a trapaça.

*Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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