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*Zé da Cruz

Imagem: Wanessa Gommes/GP1Zé da Cruz(Imagem:Wanessa Gommes/GP1)Zé da Cruz

Eu gostaria imensamente de falar das praças, do pôr-do- sol, dos rios, de receita de bolo como faziam na época da ditadura militar. É assim que querem os meus algozes, que me mandam e-mails dizendo que eu tô falando demais, que em boca fechada não entra formiga e avisam pra eu não andar vacilando por aí. Primeiro quero dizer que não tenho segurança, com exceção do povo. Segundo, minha guarda é divina, pois os aparelhos de segurança da terra não conseguem garantir nem a proteção da população em geral, avalie segurança individual. Essas ameaças não me incomodam nem um pouco. Não dou nem o meu para cheirar, pois não é rosa. Quero dizer que meus textos não são invencionices. Todos são escritos com base no que é divulgado pela imprensa e em fatos investigados pela Policia Federal, Ministério Púbico e demais autoridades que investigam crimes das mais variadas modalidades.

Não posso deixar de comentar da toda poderosa da Superintendência de Desenvolvimento Rural-SDR, responsável pelas comunidades do entorno de Teresina. Ela que é a verdadeira dona, a proprietária, e literalmente a peso pesado superintendente daquela pasta. Quando questionada numa reunião da qual participei, sobre a falta de ações da Prefeitura com relação à estrutura mínima nessas comunidades, essa senhora fez ouvido de mercador, mas disse em alto e bom som com relação ao cargo que exerce, que é apenas uma técnica. Nunca vi na minha vida uma pessoa com um cargo dessa relevância tratar o povo tão mal pra dizer um não. Geralmente eles massacram e pisam pra depois dizer sim.

Numa reunião no Assentamento Eldorado dos Carajás, da qual tive o desprazer de participar e ver o quanto essa excelentíssima totalmente desinformada e fora de época quis humilhar aquelas pessoas que já são humilhadas pela própria sorte. Foi preciso minha intervenção para lembrá-la que seu cargo é público e que aquele povo é quem paga seu salário, através dos impostos. Nem assim a superintendente que batizamos de “não tem”, “não sei o que vim fazer aqui” se fez de rogada e me mandou respeita-la usando aquela frase já sem efeito e sem sonoridade: “você sabe com quem tá falando?”

Outra vez numa audiência puxada pelo promotor Fernando Santos, no Ministério Público, para tratar da abertura de ruas na zona rural ela se comportou “marron”,” marromeno” talvez inibida com a presença do promotor. A audiência foi mesmo que nada. Realmente, a superintendente faz jus ao seu apelido “não sei”,”num vi”,”não tem”. Como Deus não é vingativo, mas é justo, e pra não dizerem que é coisa do Zé da Cruz, os vereadores também denunciaram os maus tratos da xerife da SDR. Muitos já foram vítimas. Isso me inspirou a escrever estas mal fadadas linhas como diz um fã da inveja que costuma me criticar.

Raciocinem comigo: se uma mulher dessa trata mal os vereadores que foram eleitos pelo povo e se dizem representantes legítimos da população teresinense, avalie seu Chaga da Lagoa da Mata, seu Neto da comunidade Mundo Novo e tantos outros que foram legitimamente eleitos para representar suas comunidades, e que para ela não valem um cibazol. Uma mulher dessa tinha que comandar o campo de concentração de Auschwitz, onde as vítimas dos nazistas que sofriam barbaridades antes de serem queimadas vivas. Quero aqui mais uma vez lembrar aos mandatários que o povo exige ser pelo menos bem tratado, já que fazer alguma coisa por eles são outros quinhentos. Vou aqui me solidarizar com os vereadores e me juntar ao coro dos descontentes para reforçar que é insustentável e intragável a presença dessa mulher na SDR.

Vai um alô para o prefeito Elmano que de mano só tem o nome, e que deve tá pensando que a prefeitura é uma empresa privada. Ledo engano todos, inclusive o povo, sabem que ela é uma instituição pública onde quem vai pra lá é só de passagem, pois de quatro em quatro anos é preciso renovar a ourtoga. Muitas vezes os gestores esquecem isso, e vivem como reis no Palácio da Cidade. Prefeito, escolha melhor os seus assessores, pois o povo vê neles o senhor. Talvez seja por isso que vossa excelência mesmo com a caneta na mão, esteja tão mal nas pesquisas e ande com a venta arrastando pelo chão. Pelo bem da humanidade de Teresina, bote alguém que sirva mesmo, pois só quem paga o pato é vosmecê. O mais é dizer pra essa senhora arrogante, prepotente e incompetente que por amor de Jhá Rastafári peça pra sair, e de preferência pela porta dos fundos pra não ser vaiada.

*Zé da Cruz poeta e liderança comunitária

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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