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Por Júlio César Cardoso *

Imagem: ReproduçãoJúlio César Cardoso(Imagem:Reprodução)Júlio César Cardoso

É simplesmente lamentável a qualidade dos políticos nacionais. Não têm escrúpulo: falta-lhes senso moral, não hesitam para abiscoitar o dinheiro público e pensam que a coisa pública é privada, confundindo, assim, de forma adrede, o público com o privado. Respeitam-se as exceções políticas, no Senado, mas são poucas.

E durma-se, agora, com uma notícia desta: senadores multiplicam em 5 ou mais vezes os cargos comissionados à sua disposição. Se já não bastassem os cargos comissionados nos gabinetes de parlamentares serem uma grande imoralidade de cabide de emprego, sem concurso público, uma verdadeira excrescência, os senadores ainda encontram artifício para aumentar as sinecuras de seus contumazes apaniguados.

Só o senador Ivo Cassol (PP-RO) desmembrou os 12 assessores, que cada senador tem direito, em 67 novas funções, pulando os gastos de R$7,6 mil por mês para R$42,7 mil; Clovis Fecury (DEM-MA): 56 funções; Fernando Collor (PTB-AL): 54 idem; João Ribeiro (PR-TO): 53 idem; Gim Argello (PTB-DF): 46 idem; e até o novato Eduardo Lopes (PRB-RJ), sucessor de Marcelo Crivella (PRB-RJ) herdou 43 assessores.

Com isso, a despesa anual dos comissionados somente com vale-refeição cresceu 157%, passando de R$ 7,441 milhões para R$ 19,178 milhões. Todo servidor, efetivo ou comissionado, tem direito a um vale-refeição de R$ 638 mensais, independentemente do valor do salário.

É um escárnio ao contribuinte nacional o comportamento de nossos senadores. É para isto que serve o Senado, somente para alimentar o bolso de senadores indignos e de amigos do cabide de emprego. Uma vergonha!

Trata-se de uma instituição que não faz falta ao País, só dá despesa, e é reduto de políticos decadentes, que não têm o que fazer em casa. Enquanto faltam recursos para investimentos em Educação, Saúde e Segurança, a farra do Senado com o dinheiro do contribuinte continua sem parcimônia.

O regime bicameral brasileiro é dispendioso e pouco produtivo. Já está na hora de se repensar o custo Brasil, adotando-se o sistema unicameral, com o enxugamento da quantidade de parlamentares. Temos que acabar com a farra desses pulhas políticos, que há muito tempo só dão despesas ao País, não respeitam os gastos públicos e nem os bolsos dos contribuintes.

* Júlio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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