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Por Zé da Cruz *

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Zé da Cruz(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Zé da Cruz

“Pelos poderes de Greyskull, eu tenho a força!” Ah, que tempo bom aquele em que eu só me preocupava em passar de ano e assistir ao Heman lutando incansavelmente contra o Esqueleto. Eu era feliz e não sabia. Hoje os tempos são outros, e você tem que se preocupar com bípedes mais perigosos e de carne e osso, que manobrados ou não faz o jogo das onças e gatos contra os ratos.

Quando escrevo um artigo procuro imprimir a minha máxima imparcialidade e dar minha opinião baseado na opinião do povo. Quero me justificar porque parece que o que escrevo incomoda, e por outro lado acorda. Não quero aqui em nenhum momento defender o deputado insosso que vem de linhagem política tradicional e oligarca, onde o bisavô e o avô foram os filhos são, e os netos com certeza, como vai indo o andar da “carroagem”, cerol.

Mas vamos ao que interessa: quero falar do geólogo, especialista em direitos humanos, presidente da FURPA e cidadão Carlos Maximo. Quando o conheci eu estava desenvolvendo o Projeto Oxênte Poético realizado no Complexo do Clube dos Diários, nas escolas. Ousamos levar O projeto que trabalha com música e a poesia para os apenados da Major César. Foi o Máximo!!! Tivemos todo apoio incondicional do diretor dos Direitos Humanos da Secretaria de Justiça no governo Mão Santa. Um homem culto voltado à pesquisa e a leitura comecei a respeitá-lo como pessoa e ser humano.

Hoje o vejo defenestrado do IBAMA por ter denunciado os maus tratos de animais na própria superintendência, o fechamento do escritório de Floriano, o sucateamento do órgão aqui no Piauí, porque nos outros estados vai bem obrigado recebem em milhões e nós em migalhas. Por ter denunciado também a mesma empresa fornecedora há vinte anos em um negócio da Cochichina e porque denunciou uma indústria da propina no órgão. Mesmo Superintendente foi impedido de fazer um curso de especialização na área de finanças do órgão. É mole ou quer mais? Como diz um conhecido jornalista: “é uma lástima Deoclécio”.

Nunca terei vergonha de ser honesto e jamais deixarei uma injustiça sem estrebuchar. Como é meus três ou quatros leitores, podemos deixar de apoiar alguém que esteja pensando no coletivo? No bem publico? Na lisura e transparência? Nunca... ”jamé”... Fala-se tanto em meio ambiente mais não se tem condição de preservá-lo. Ah, antes que eu esqueça: vou aqui fazer justiça a Promotoria do meio ambiente que tá devastada, nem viatura tem para a promotora se deslocar.

Enquanto isso na sala da injustiça a Assembléia Legislativa tenta-se aprovar uma lei que inicia com o número da besta e finaliza com quase 171: a lei n° 6.178 que vergonhosamente cria 2,3 (dois mil e trezentos) empregos para serem rateados para os ungidos, ou melhor, dizendo apaniguados capachos, irmãos, irmãs de deputados (as) candidatos a vereadores (as) de Teresina.

Nem adianta querer tapar o sol com a peneira, pois já caiu a ficha. Todo mundo já se ligou. Ainda bem que tem o promotor Fernando Santos, ferrenho defensor da lei e dos recursos públicos, que faz milagres para exorcizar e não deixar os políticos virarem bestas “mala”, lembrando a Constituição Federal e o seu artigo 37 que diz que só se pode admitir no serviço público mediante concurso público.

Enquanto isso em outro compartimento do mesmo prédio da Assembléia acontece uma briga de foice pela vaga no Tribunal de Contas que pertencia ao conselheiro que partiu, desapareceu... Já tem gente vendo aquele caminhão voltando de faróis baixos e pára-choque duro. Entre essa gente, os deputados Kleber Eulálio, Wilson Brandão, Lílian Martins e por ultimo o Rarará... A rádio fuxico da Assembléia dá como favorita a Lílian. O cara de “tanjo” foi defender a candidatura na televisão. Lembrei-me do padeiro do Auto da Compadecida. Se isso se concretizar será uma vergonha: a raposa cuidando do galinheiro.

Quero aproveitar e pedir pelo bem que o secretário boca aberta tem à mãe dele: vamos iniciar o ano letivo, pois quem estuda em escola pública é o povo pobre e mais carente, que como sempre é o mais penalizado. “Duvide-o-dó” que os professores da Faculdade dele estejam em greve ou passem por algum aperreio financeiro.

Diante da crise do IBAMA e de outras tantas sandices e ausência de reserva moral de nossas autoridades, o Maximo é mínimo ou no mínimo é Maximo. Há quase um século, Rui Barbosa disse que haveria de chegar o tempo em que o homem teria vergonha de ser honesto. Se esse tempo chegou, tragam meus sais. Quero meu direito à eutanásia. Bye!!!!!!!

* Zé da Cruz é poeta e liderança comunitária

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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