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Zé da Cruz *

Imagem: Brunno SuênioVigia da escola, Zé da Cruz(Imagem:Brunno Suênio)Zé da Cruz

Quem quiser me chamar de puxa- saco, baba-ovo, vendido, babão ou coisa do gênero eu não tô nem aí, aliás, vai depender de quem está dizendo. Se for um tucano da elite, burguês, que toma uma dose de uísque no valor de um bolsa-família; que só conhece pobre pelos livros de ciências sociais; que só procura o povo de dois em dois anos para tirar o que ele tem de mais precioso: o voto; se forem esses, podem vir quente que eu tô fervendo.

Não vou ligar se forem aqueles que deixaram Teresina só o oco e os caburé cantando dentro parecendo até que passou as águas da barragem de Algodões; se as críticas vierem daqueles que durante vinte anos dominaram o cenário político teresinense e a Prefeitura de Teresina em dois mandatos do Fernando Henrique.

Também não vou ligar se os que me criticarem forem aqueles que durante o reinado ditatorial tucano bateram nos camelôs, esqueceram a periferia da cidade, deram fim no orçamento popular, acabaram com um bocado de benefícios, criminalizaram os movimentos sociais, que veem os sem-teto como se fossem bichos, e não respeitam qualquer forma de pensamento contrário ao dicionário tucanês cujas regras são: primeiro eles, segundo eles e depois eles de novo. Aliás, são eles que sempre atraem a mídia nacional para mostrar o Piauí de forma negativa. Da ultima vez falaram do saneamento básico, esqueceram que essa é uma herança vergonhosa e funesta deixada pelo PSDB e pela cortina de ferro do governo tucano. O “pedro bó” da PMT tentou justificar mesmo não tendo nada a ver.

Por último, o desespero bateu geral, proibiram até o João Cláudio de, com todo seu talento, ganhar um cachê pra dizer a verdade nada mais que a verdade; uma verdade que eles não querem que a população saiba, como se fosse possível escondê-la, e o povo fosse besta. Foi essa censura tucana que me motivou a escrever e fazer justiça com quem realmente tem trabalhado por essa cidade.

Esses dias, estive na Prefeitura de Teresina tratando de assunto relacionado ao Parque da Vitória. Encontrei um vereador tucano que disse que eu estava sendo bem tratado. Respondi à queima-roupa: eu não, o povo. Com isso quero justificar minha escrita: nunca, desde quando me entendi em gente, vi um prefeito tão presente nas comunidades onde estão minha vida e minha história e as de muitas pessoas como eu. Um prefeito que não vai apenas ver obras, mas ouvir os queixumes de pessoas como a dona Francisca da Vila Bom Jardim, da Zilma do Parque São Jorge, da Neta do Santo Antonio, os queixumes do povo do Parque da Vitória. Pessoas que na cachoeira tucana sequer eram recebidas, e muito menos visitadas em suas comunidades por um prefeito que vê in locu o sofrimento do povo pobre.

Digo isso de certeza, e não de ouvir dizer e faço essa comparação lembrando que na época da Irmã Dulce precisamos ocupar o Karnak e a Prefeitura para sermos recebidos. Tivemos que acampar por uma semana em frente ao Palácio da Cidade para ser notado por sua excelência o prefeito, esse que tá querendo voltar de novo, e que à época negociou a terra, mas nunca pagou o latifundiário.

Para eles, o que tá sendo feito não vale de nada, mas para o povão é de extrema importância a realização de projetos que há anos estavam no papel como o Lagoas do Norte, que além de ser um projeto ambiental modelo a ser apresentado na Rio +20, vai evitar para que o povo seja afogado e perca seus pertences nas enchentes; tem ainda a integração do transporte público que ajuda o assalariado teresinense a economizar nas passagens de ônibus. No começo doeu, mas agora é só relaxar e economizar.

Outras obras de grande anseio popular vão sair do papel, a exemplo, a tão esperada galeria do Promorar e as galerias da zona leste, a reforma do Parentão, a iluminação da Raimundo Porfírio, das praças, construção de creches e quadras; iluminação e pavimentação asfáltica de ruas; construção e reforma de ginásios, postos de saúde, apoio às comunidades rurais. São tantas realizações que se a gente for falar de todas haja caneta, papel e tempo.

Se “frescarem” muito vou chamar o “hômi” de JK do Piauí, pois ele tá fazendo em dois anos, o que os tucanos não fizeram em vinte. E mais: sem sacrificar o pobre de Teresina.

* Zé da Cruz é Poeta e Líder Comunitário


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