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* Por Júlio César Cardoso

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarJúlio César Cardoso(Imagem:Reprodução)Júlio César Cardoso
O país continua a carecer de muita seriedade! O Brasil tem a segunda internet pública mais lenta do mundo, mas o anúncio oficial dizia que, até o fim de 2014, 40 milhões de pessoas, em 4.278 municípios de todos os estados do Brasil, poderiam contar com o serviço. Na propaganda, uma maravilha. Na vida real, porém, nada saiu como anunciado. Passada mais da metade do prazo estipulado para a conclusão do plano, o governo descumpre todas as promessas que fez. 

Se o governo federal fosse uma empresa privada, poderia ser alvo de uma ação por propaganda enganosa no Procon. Seu Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado com foguetório há três anos, prometia internet rápida e barata para que os brasileiros das regiões mais pobres pudessem estudar, informar-se, divertir-se e movimentar a economia comprando pela rede, mas nada disso aconteceu.

A reportagem da Revista Veja telefonou para as prefeituras dos 100 municípios escolhidos para ser os primeiros a receber a banda larga do governo. O levantamento, acrescido de dados fornecidos pela Telebrás, concluiu que, em 46 deles, a banda larga popular ainda é uma miragem. Ao todo a internet está disponível em apenas 2412 das cidades inscritas no programa, ou seja, 56% do total. Não há mais tempo nem verba para cumprir a meta e, mesmo nos locais a que o PNBL chegou, o serviço é bem mais caro do que deveria e a banda não pode ser chamada propriamente de larga.

Já estamos acostumados com as propagandas enganosas do governo federal. Mas o que não deixa intrigado é ver o Congresso Nacional indiferente ao não fiscalizar as ações governamentais como deveria, bem como testemunhar a falta de seriedade do cumprimento de programas do governo federal. Uma vergonha!

*Júlio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado

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*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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