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*Por Josenildo Melo
Imagem: GP1Josenildo Melo(Imagem:GP1)Josenildo Melo
A ideia de "pós-modernismo" surgiu pela primeira vez no mundo hispânico, na década de 1930, uma geração antes de seu aparecimento na Inglaterra ou nos EUA. Perry Anderson, conhecido pelos seus estudos dos fenômenos culturais e políticos contemporâneos, em "As Origens da Pós-Modernidade" (1999), conta que foi um amigo de Unamuno e Ortega, Frederico de Onís, que imprimiu o termo pela primeira vez, embora descrevendo um refluxo conservador dentro do próprio modernismo. Mas coube ao filósofo francês Jean-François Lyotard, com a publicação "A Condição Pós-Moderna" (1979), a expansão do uso do conceito. Em sua origem, pós-modernismo significava a perda da historicidade e o fim da "grande narrativa" - o que no campo estético significou o fim de uma tradição de mudança e ruptura, o apagamento da fronteira entre alta cultura e da cultura de massa e a prática da apropriação e da citação de obras do passado.

Afirmações relevantes. Definições pragmáticas, levando em conta os aspectos sócio-políticos e econômicos de um sistema capitalista. Encontrar Deus na pós-modernidade é muito mais simples do que fazer grandes estudos e expor idéias! Não é sem motivo que os lugares de trabalho em que a competição é mais acirrada, onde não existem limites definidos entre trabalho, estudo e lazer, é que encontramos pessoas queixosas, infelizes, frequentemente visitando os médicos e hospitais. Se a modernidade prometia a felicidade através do progresso da ciência ou de uma revolução, a pós-modernidade PROMETE UM NADA QUE PRETENDE SER O SOLO PARA TUDO.

Esse nada que muitos consideram é deus. Deus para Eles não significa nada no sentido “concreto”, “palpável”, de retorno econômico-financeiro, mas nos grandes momentos da vida se torna o TUDO. O solo fértil para entendermos o real SENTIDO DA VIDA; amar, ser amado, fazer o bem sem olhar a quem; ser solidário, amigo, justo, ético, fraterno. Quem de nós sejamos possuidores de títulos acadêmicos ou não, quando a ciência não nos argumenta afirmativamente sobre Deus em muitos momentos de nossas vidas, depois de um dia atribulado e cansativo onde não nos saciamos com as compras, jornais, revistas, televisão aberta, Sky, notebook, internet e toda uma parafernália tecnológica simplesmente entramos em nossos quartos, procuramos uma boa capela, conversamos com uma pessoa que “exala Deus”, ou momentaneamente em qualquer lugar, até mesmo no banheiro, nos ajoelhamos e fazemos uma prece por alguns instantes e logo depois de alguns segundos, minutos, horas a sós com Deus não nos sentimos restaurados, revigorados? Praticamente todos nós, responderemos SIM, pois logo após estes poucos momentos com Deus, parece que tiramos um peso de nossas costas e passamos a ver a vida de uma forma bonita, alegre, otimista, fazendo planos e nos sentindo forte diante das dificuldades e problemas que enfrentamos!

E os céticos? Dizem mais isso é somente para quem conhece a Deus ou teve noções de cristandade; e quem não teve esse privilégio? Deus têm seus caminhos e somente ele conhece para fazer a pessoa, o ser humano do dia-a-dia voltar-se a ele. Pode ser numa conversa amiga, numa mesa de bar, numa partida de futebol, no chegar em casa e receber um abraço amigo; o que queremos dizer é que simplesmente nos momentos mais simples e atos pequenos e insignificantes é que encontramos Deus na pós-modernidade. Ele Existe, e é por esse motivo que a pós-modernidade é o retorno a Deus, à espiritualidade. Procure nos pequenos atos e muito simples da vida descobrir Deus! Não é o consumir, o prazer desenfreado, a sede de adrenalina a todo custo que fará você feliz!


*Josenildo Melo é Católico. Assistente Social e Jornalista.


*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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