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Imagem: ReproduçãoJosenildo Melo(Imagem:Reprodução)Josenildo Melo

Filosofia dualística que divide o mundo entre bem, ou Deus, e mal, ou o Diabo. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do bem e do mal. Não nos agrada o maniqueísmo entre público e privado. O modelo misto pode atender a uma economia melhor do que os dois extremos. A postura diplomática entre políticos é sempre o melhor para a coletividade; é sempre o melhor para o povo; a população.

O maniqueísmo político infelizmente ainda é algo latente em setores menos desenvolvidos e de menor profusão educacional de acesso aos livros e ao conhecimento acadêmico; e isso não significa dizer que os clássicos da política já não estejam chegando a todos. A questão é realmente ler o conteúdo, é ouvir quem dedicou uma vida inteira a análises profundas sobre as relações política na sociedade. Felizmente a Política se encaminha para a sua profissionalização. Política nunca foi e nem será “palco” para colocações instintivas. Em política predomina sempre a manutenção do PODER.

Norberto Bobbio (1909-2004) foi um dos maiores politógos do século XX. Dentre sua extensa obra, deixou uma importante contribuição à Ciência Política: seu livro Teoria Geral da Política: a filosofia política e as lições dos Clássicos.

A palavra política deriva de politikós, do grego, e diz respeito àquilo que é da cidade, da pólis (na Grécia Antiga), da sociedade, ou seja, que é de interesse do homem enquanto cidadão. Já na Grécia Antiga, um dos primeiros a tratar da política como uma prática intrínseca aos homens foi Aristóteles, com seu livro A Política.

Ao longo do tempo, o termo política deixou de ter o sentido de adjetivo (aquilo que é da cidade, sociedade) e passou a ser um modo de “saber lidar” com as coisas da cidade, da sociedade. Assim, fazer política pode estar associado às ações de governo e de administração do Estado. Por outro lado, também diria respeito à forma como a sociedade civil se relaciona com o próprio Estado.

Mas para Norberto Bobbio, falar em política enquanto prática humana conduz, consequentemente, a se pensar no conceito de poder. O poder estaria ligado à ideia de posse dos meios para se obter vantagem (ou para fazer valer a vontade) de um homem sobre outros. Assim, o poder político diria respeito ao poder que um homem pode exercer sobre outros, a exemplo da relação entre governante e governados (povo, sociedade). Contudo, ao falar em poder político, é preciso pensar em sua legitimação. Podemos ter poderes políticos legitimados por vários motivos, como pela tradição (poder de pai, paternalista), despótico (autoritário, exercido por um rei, uma ditadura) ou aquele que é dado pelo consenso, sendo este último um modelo de governo esperado. O poder exercido pelo governante em uma democracia, por exemplo, dá-se pelo consenso do povo, da sociedade. No caso brasileiro, o poder da presidente é garantido por que existe um consenso da sociedade que o autoriza e, além disso, há uma Constituição Federal que formaliza e dá garantias a esse consenso.

É triste nacional e localmente ver depois de quase um mês do término das eleições ainda comentários sobre posicionamentos políticos em eleições! Os seres humanos de espíritos elevados conseguem vislumbrar é o futuro de seu povo e de sua população; quem vive de passados são os museus. O povo, a população brasileira e piauiense está e estará sempre à espera não é de futricas midiáticas! O povo e a população brasileira e piauiense anseia cada vez mais por resultados práticos advindos da arte de fazer política e nesta bela arte o povo e a população gosta é de obras e parcerias.

O maniqueísmo político é algo que não move e muito menos comove. A unidade brasileira e piauiense deve ser a tônica do momento! Norberto Bobbio, citando Carl Shmitt, também fala da ideia de política como relação amigo-inimigo, dizendo que “o campo de origem e de aplicação da política é o antagonismo, e sua função consistiria na atividade de agregar e defender os amigos e de desagregar e combater os inimigos” (ibidem, p. 170). No debate de ideias para se pensar a ordem social, essa oposição é fundamental, contudo, apenas esse nível de antagonismo pode ser tolerado pelo Estado, uma vez que a extrema divisão ou situação de conflito entre aqueles que compõem uma sociedade poderia levar ao caos. O verdadeiro campo clássico da política não é o do destilar de ódio e rancores! Que o caos não se estabeleça e sim a UNIDADE benéfica do Poder; pois Governar é UNIR!

Josenildo Melo é Católico. Assistente Social e Jornalista. Estudante de Direito.

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