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Imagem: GP1Clique para ampliarJúlio César Cardoso(Imagem:GP1)Júlio César Cardoso
Os pusilânimes políticos soçobram diante da força minoritária dos maconheiros, lamentavelmente. Quem sabe a maconha hoje não é um passatempo ou divertimento também de muitos parlamentares?

O país é muito extenso para fiscalizar o uso medicinal da maconha. A sua legalização é uma enorme irresponsabilidade, pois serão imprevisíveis as consequências nefastas na saúde dos novos usuários. O álcool é outro vício que arrasa o cidadão, mas a maconha é muito mais destruidora porque é a iniciação para experimento de entorpecentes mais pesados.

A liberação da maconha é a mesma coisa que a permissibilidade para a venda de cigarro, o qual tem causado danos graves e irreversíveis à saúde dos cidadãos e dado muita despesa aos hospitais públicos nacionais. Com a cumplicidade do Congresso Nacional e dos governos, as empresas tabagistas, ou seja, empresas das deformações humanas e da morte, continuam existindo quando elas deveriam ser fechadas. Trata-se aqui de potencial arrecadação de impostos ao Estado, mas decorrente de fonte causadora da desgraça humana.

Talvez muitos dos senhores parlamentares não tiveram filhos que foram vítima do vício da maconha. Não conhecem os efeitos malignos causados na saúde de um menino ou jovem viciado. Se soubessem não aceitariam a liberação. E não precisa ser especialista para atestar que a maconha contamina a personalidade de um indivíduo, deixa-o em estado de delírio, de desatenção, de desinteresse pelo estudo e pela sua própria higiene. A maconha é a porta de entrada para outras drogas pesadas.

Senadores, o paraíso artificial das drogas é bem a imagem de uma civilização reduzida a pó. Não queiram exterminar com a nossa sociedade de jovens. Abram os olhos e não sejam teimosos e irresponsáveis como infelizmente se posicionou favoravelmente o ex-presidente FHC.

Uma sociedade às voltas com problema de pobreza extrema e sem política pública substantiva de educação não pode ser abandonada para que seus jovens sejam iniciados legalmente na maconha. Em vez de nossas autoridades combaterem os narcotraficantes com mão de ferro e não permitirem que a maconha entre aqui facilmente vinda da Bolívia de Evo Morales, ou seja plantada no Nordeste do país, preferem simplesmente tratar de sua legalização.

Não interessa que outros países tenham descriminado o uso da maconha. Por exemplo, na Holanda onde a maconha é descriminada há mais de 30 anos existem cerca de dois mil pontos de venda legal. Um detalhe: 50% dos presídios do país são ocupados por autores de crimes relacionados com a droga.

“Um dos mais evidentes efeitos da droga é a redução da capacidade de concentração. Em vários países foi registro o aumento considerável de acidentes de automóveis, motos trens a até caminhões envolvendo motoristas consumidores de maconha.

Em 1994, o pesquisador G. Chester apresentou num congresso de farmacologia um estudo mostrando que ‘o THC é o 4 mil vezes mais potente que o álcool ao produzir uma diminuição no desempenho de um motorista em condições adequadamente controladas’. Em 1994, uma investigação canadense encontrou THC no sangue de 10% dos motoristas em casos de acidentes fatais e em 8% dos pedestres mortos por veículos.

Já se catalogou cerca de 50 efeitos relacionados ao consumo de maconha. Alguns deles: tremor corporal, vertigem, náuseas, vômitos, taquicardia, excitação psíquica, diarreia, alterações sensoriais, lentidão de raciocínio, oscilação involuntária dos olhos, zumbidos, desorientação, medo de morrer, depressão, alucinações, amnésia temporária, pânico, ideias paranoides... O uso constante causa problemas respiratórios e, em homens, reduz o número de espermatozoides. Um estudo aprofundado de cinco anos (1992 a 1997) feito pela OMS mostrou que a substância interfere na memória de curto prazo, reduz sensivelmente a capacidade de apreender e raciocinar, causa lesões na traqueia, nos brônquios e nas células de defesa, chamadas macrófagos alveolares. ”- Fonte: Livro DROGAS PORQUE COMO E QUANDO, de David Ferreira Neto, 1ª Edição.


*Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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