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*Arthur Teixeira Júnior

Imagem: GP1Arthur Teixeira Júnior(Imagem:GP1)Arthur Teixeira Júnior

Um dos médicos que cuida das fraturas que tive na perna aconselhou-me a procurar um especialista no Rio de Janeiro. A justificativa é simplória: os ortopedistas e traumatologistas cariocas tornaram-se experts em fraturas múltiplas, extensas e complexas, pois graças aos constantes confrontos armados por aquelas bandas, com a utilização de armamento pesado, tornou-se corriqueiro traumatismos ósseos de elevada gravidade. Inclusive, salientou ainda, estes profissionais estão sendo contratados por exércitos beligerantes no Oriente Médio, onde ministram treinamento especializado aos médicos locais. Mais um item na pauta de exportações tecnológicas brasileiras.

Aqui de Teresina poderíamos exportar para a Inglaterra os motoristas e muitos instrutores de auto escolas. Pelo menos, dirigir pela esquerda eles já sabem. Em um mês, a gloriosa Polícia Britânica, famosa por combater a criminalidade desarmada, estará utilizando tanques de guerra para controlar o trânsito de Londres.

Por falar em tecnologia, fui pesquisar sobre o porquê deste teclado que utilizo para redigir estas tão odiadas crônicas (odiadas pelo menos em um luxuoso prédio da zona sul de Teresina) não possui as teclas em ordem alfabética, como seria de se esperar. Pois fiquei sabendo que esta configuração remonta do início do século passado, quando um tal de “Scholes” inventou a máquina de escrever. Quando utilizadas eficazmente por algum hábil datilógrafo, as hastes que imprimiam as letras no papel se amontoavam, travando o equipamento. Ao invés de aperfeiçoar o mecanismo, o tal inventor piorou o teclado, embaralhando as letras e colocando, por exemplo, a muito utilizada letra “A” para ser acionada com o incompetente dedo mindinho da mão esquerda (conhecido como dedo Lula).

Datilógrafo. Faz tempo que não empregava esta palavra. E pensar que há poucos anos atrás colocava orgulhosamente o curso de datilografia em meu currículo. Hoje seria motivo de gozação... Pois no meu primeiro currículo, além do curso de datilografia, continha o curso de latim. Não sei quem é mais velho, eu ou o latim... Mas serve para alguma coisa: datilógrafo = datil + grafo, datil vem do latim dactylus (dedo). Portanto, datilógrafo seria “aquele que escreve com o dedo”. Hoje não se usa mais, preferindo-se “digitador” que quer dizer a mesma coisa, pois dígito vem do latim digitus que nada mais é do que dedo. “Opinião” também é cultura! (mesmo que inútil).

Mudando de assunto. Tomara que nem Dilma e nem o PT façam outro pronunciamento em rede nacional. Não tenho mais nenhuma panela utilizável em casa. Na última propaganda partidária do PT, Iris, minha fiel e mal humorada secretária, destruiu as duas últimas que ainda restavam em nosso armário. Agora, cozinho arroz em uma lata vazia de leite Ninho. É o cúmulo da crise.

Sugiro que a partir dos protestos marcados para o próximo dia 16, adotemos outros tipos de manifestações de repúdio durante os pronunciamentos. Por exemplo, ao invés de bater panelas vazias nas sacadas dos prédios, mostremos o traseiro desnudo. Não haverá governo que se mantenha no poder após minha querida sogra balançar suas pelancas de retaguarda pela janela do 6º andar em pleno bairro da Zona Leste.

Por falar no PT... Em meu tempo de agitação estudantil (faz tempo...), era sinal de “status” ser um militante que já teria sido preso pelas forças repressoras. Nem que fosse por uma única tarde. O militante que já tivesse passado pelos porões da ditadura (na verdade, mesmo numa sala de espera na delegacia do bairro) era visto pelos demais como um combativo e valoroso companheiro de luta. Mas agora, avacalhou geral: José Dirceu, por exemplo, já passou mais tempo preso sob a ditadura do PT do que sob a ditadura dos militares. Uma esculhambação ideológica.

Um diretor da empreiteira OAS entrou com requerimento na ANAC solicitando os respectivos créditos da “milhagem” nos voos que fez no avião da Polícia Federal. Deverá ser criado o Cartão de Fidelidade Lava Jato Plus. A partir de certa milhagem, o detento deverá ter o bônus do banho de sol diário, vaso sanitário com tampa acolchoada e talheres exclusivos.

O Aeroporto Afonso Pena, de Curitiba, foi eleito como o mais bem avaliado pelos passageiros que utilizam o transporte aéreo no Brasil, segundo pesquisa feita pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC), divulgada na semana passada. Mais uma vitória do Juiz Sérgio Moro.

Já estão tentando arrumar um novo empreguinho para a Dilma. Cunha sugere que seja ajeitada como motorista da UBER em São Paulo. Os taxistas de lá acabam com ela rapidinho. Ou então controladora de voo no Aeroporto de Brasília: com sua reconhecida competência, após o primeiro dia não sobra nem avião de traficante voando no Brasil.

Para terminar, já que falei em conflito no oriente médio e na ilustre figura do presidente da Câmera Federal, o Estado Islâmico quer contratar sua consultoria, pois, como está fora de moda homem bomba, carro bomba, e outros, querem a tecnologia para implantarem a pauta bomba!

Não chorem por mim: dia 6 de novembro eu volto!

*Arthur Teixeira Júnior é colaborador

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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