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*Júlio César Cardoso

Estamos estarrecidos não só com a corrupção política, mas também com a falta de civilidade e de respeito do senador Fernando Collor no recinto do Senado Federal.

A indignação do senador de ser arrolado no processo da Operação Lava-Jato não justifica, de forma alguma, a agressão verbal, torpe, chula e desrespeitosa, ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que tem o dever de ofício, na forma de suas convicções jurídicas, de indiciar alguém para que venha se defender das acusações que lhe são atribuídas.

Um cidadão qualquer do povo pode ser incriminado. Por que teria que ser diferente com um senador da República? Ou o senador Collor se esquece de que todos são iguais perante a lei?.
Imagem: GP1Júlio César Cardoso(Imagem:GP1)Júlio César Cardoso

Não, a coisa no país vai de mal a pior. Os jovens brasileiros, mais conscientes da atual situação política, devem estar certamente muito decepcionados com o quadro que presenciam.

Mas o que chama a atenção é o silêncio geral dos demais senadores e do presidente do Senado, Renan Calheiros, que, pacíficos, como se tivessem medo de Collor, permitem que o senador destile o seu repertório de insultos ao procurador Rodrigo Janot: “filho da puta, figura tosca, sujeitinho à toa, fascista da pior extração, sujeito ressacado e sem eira nem beira...”.

A despeito do rancor de Collor, Rodrigo Janot foi reconduzido para mais dois anos à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), depois de uma aprovação com folga.

*Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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