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*Arthur Teixeira Júnior

Imagem: GP1Arthur Teixeira(Imagem:GP1)Arthur Teixeira

Minha atual condição física, tornou-me um grande adepto das compras pela internet. Remédios, alimentação, serviços, acessórios de informática, quase tudo, agora compro pela internet. Ou melhor, comprava. Arrisquei comprar um processador de alimentos (que iria facilitar o preparo de minhas refeições) no “Ponto Frio” (pedido 76669481). Dentro do prazo estipulado, a “van” dos Correios estacionou aqui na porta de casa e, depois de eu assinar uns papéis de recebimento, entregou-me um liquidificador.

Começa então a luta para troca do produto, semanas se passaram. Enfim, mandaram um código de “logística reversa” (lindo nome!) para que eu postasse o liquidificador, que não comprei, nos Correios (que estão em greve) e aguardasse a remessa do processador.

O golpe, na verdade, é o seguinte: A empresa anuncia um produto com preço atrativo mas não o tem em estoque. O desavisado compra, paga, e recebe um produto de valor bem inferior. Dão tanta canseira no consumidor, tantas promessas de solução não cumpridas, que geralmente o consumidor desiste e fica por isso mesmo. Se o cliente insiste (como foi o meu caso), a empresa primeiro quer receber o produto errado de volta (lembre-se que ela já está com o dinheiro). Depois de meses de novas tratativas, sob alegação que “acabou o estoque” o dinheiro é devolvido, geralmente em parcelas, sem qualquer correção. Parece pouco, mas multiplique isto por milhares de clientes enganados!

Recentemente no Jornal Nacional vi uma reportagem alertando que em muitos supermercados o preço constante na gôndola não é o mesmo que consta no caixa. Logicamente, o preço no caixa é maior. Quem mora em Teresina sabe muito bem que uma grande rede de supermercado aplica este golpe em larga escala. Para completar a trama, ela retira os empacotadores e diminui o número de caixas: formam-se grandes filas nos caixas, clientes cansados pressionando e o coitado do consumidor que está sendo atendido naquele momento e que não consegue prestar atenção no monitor que indica os preços, pois tem que embalar e organizar as compras que são rapidamente passadas pelo leitor de código de barras.

Se o cliente percebe o preço errado, fica constrangido em reclamar, pois isto vai travar a fila do caixa e os demais vão ficar mais chateados. Mas se insistir, depois de muita demora, que inclui a ida de uma lesma até a gôndola conferir o erro, o valor é estornado. Mas quantos percebem isto? Quantos percebem e reclamam? Acredito que a Rede ganha mais com estes furtos do que com a venda propriamente dita.
Jogadores, técnicos, artistas e políticos, agora somente conversam entre si com a mão na boca, encobrindo os lábios. Dizem que é para evitar a leitura labial. Afinal, o que eles tanto têm a esconder que o público, que paga seus salários, não pode saber? Daqui a pouco vão dar entrevistas e discursar na tribuna com a mão na boca!

Parece-me certo que o homem (homo sapiens) evoluiu dos macacos. Mas quando foi que se deu esta separação, qual foi o fator que determinou esta quebra da então hegemonia símia? Um ser tão frágil, desprovido de força, garras, presas, cujas fêmeas são obrigadas a cuidar de suas crias por anos antes que elas possam se alimentar sozinhas. Porque os rinocerontes não evoluíram também? Ou os gatos? As abelhas? E evoluindo, hoje dominariam o mundo, e não o homem.

Alguns pesquisadores dizem que o fator determinante foram as mãos com o polegar oposto, dando às mãos a função de pinças, o que propiciou o manuseio de ferramentas e outros utensílios, inclusive armas. Mas os macacos também tem esta característica...

Outros dizem que é o tamanho do cérebro. Ora, a baleia e o elefante possuem cérebros muito maiores que o nosso. Se for fazer uma comparação com a relação massa corporal com a massa do cérebro, o cérebro humano tem proporcionalmente, a mesma massa do cérebro de um camundongo. As ligações neurais? Ora, conheço seres humanos que tem menos sinapses que uma anêmona e o máximo que conseguiram foram ser chefes em alguma repartição pública.

A capacidade de viver em comunidade? Então as formigas dominariam o planeta!

A descoberta do fogo? Da agricultura? O advento da escrita? A fundação do Corinthians?

Acabo de ver em um livro que estou lendo (Sapiens, Yuval Noah Harari, L&PM editores, 2.015) uma explicação mais plausível: os chimpanzés comunicam-se através de gritos. E há um grito específico que quer dizer “_Corram, que aí vem um leão!”. Quando o chimpanzé que estava encarregado da vigilância soltava este grito, o bando todo fugia para paragens mais seguras. Até que um dia, um chimpanzé que estava de vigia, sem qualquer perigo aparente, soltou este grito de alerta. O bando todo evadiu-se, deixando para ele todas as bananas até então colhidas. Surgia aí o homo sapiens.

Conta-se ainda que este chimpanzé trapaceiro e seus descendentes, como castigo, foram deportados para uma terra além do oceano, ao sul do equador, até então desconhecida e desabitada. Agora surgia o homo sapiens brasilis.

Esta teoria explicaria o surgimento do PT e da rede de desonestidade que impregna todos os níveis de nossa sociedade, tornando quem ainda tenta ser honesto um verdadeiro pateta.

Para não dizerem que não falei dela, Silvinha recebeu seu primeiro salário, comprou um smartfone e nunca mais deu as caras. Aberta uma vaga de emprego.

*Arthur Teixeira Júnior é colaborador

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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