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Amigos de Michel Temer são soltos em SP após decisão de ministro

Eles estavam presos desde quinta-feira (29) na sede da Polícia Federal em São Paulo e deixaram a prisão por volta das 23h50 após ter sido expedido o alvará de soltura.

Na noite de sábado (31), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou as prisões realizadas pela Operação Skala e determinou a imediata soltura dos alvos da investigação. Entre os presos estavam dois amigos do presidente Michel Temer (MDB), o advogado e ex-assessor especial da Presidência da República, José Yunes, e João Baptista Lima Filho, ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo.

Eles estavam presos desde quinta-feira (29) na sede da Polícia Federal em São Paulo e deixaram a prisão por volta das 23h50 após ter sido expedido o alvará de soltura. As prisões eram temporárias e se encerrariam na próxima segunda-feira (2).

A decisão Luís Barroso foi após pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que afirmou que não haveriam mais motivos para eles permanecerem presos, já que o objetivo das prisões era pegar depoimentos e conseguir mais informações, o que a Polícia Federal já teria conseguido.

  • Foto: Débora Dayllin/GP1 Luís Roberto Barroso ministra palestraLuís Roberto Barroso

“Desse modo, tendo as medidas de natureza cautelar alcançado sua finalidade, não subsiste fundamento legal para a manutenção das medidas, impondo-se o acolhimento da manifestação da Procuradoria-Geral da República. [...] Revogo as prisões temporárias decretadas nestes autos. Expeçam-se, com urgência, os respectivos alvarás para que se possa proceder à imediata soltura", disse Barroso na decisão.

A operação Skala foi deflagrada com base no inquérito que investiga se empresas do setor portuário, localizado em Santos, em especial a Rodrimar, pagaram propina para serem beneficiadas com um decreto presidencial assinado pelo presidente Michel Temer. Ele também é citado no inquérito, mas nega o pagamento de propina.

O ex-ministro Wagner Rossi foi o único a falar com a imprensa após ser liberado. "Apenas quero confirmar o que eu falei na entrada, que não tinha nada a ver comigo, isso foi confirmado e eu agradeço pela presteza com que o ministro Barroso liberou a todos nós", afirmou.

Foram soltos:

José Yunes, advogado, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer;

Antônio Celso Grecco, empresário, dono da empresa Rodrimar;

João Batista Lima, ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo e amigo de Temer;

Wagner Rossi, ex-deputado, ex-ministro e ex-presidente da estatal Codesp;

Milton Ortolan, auxiliar de Wagner Rossi;

Eduardo Luiz de Brito Neves, proprietário da MHA Engenharia;

Maria Eloisa Adensohn Brito Neves, sócia nas empresas MHA Engenharia e Argeplan;

Carlos Alberto Costa, sócio fundador da Argeplan e ex-sócio da AF Consult Brasil;

Carlos Alberto Costa Filho, sócio da AF Consult Brasil

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