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Deslizamentos de terra deixam ao menos 11 mortos em Minas Gerais

Entre quinta-feira, 23, e está sexta-feira, 24, Grande Belo Horizonte registrou recorde de chuvas em 24 horas; previsão é de mais precipitação neste sábado.

Subiu para 11 o número de mortos em decorrência das fortes chuvas que atingem Minas Gerais. Todas as vítimas foram soterradas depois de desabamentos de residências.

Dois bombeiros foram soterrados nesta sexta-feira, 24, durante buscas a vítimas em Betim, na Grande Belo Horizonte. Ambos foram resgatados por colegas, encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro XXIII, na capital, e liberados durante a madrugada deste sábado, 25.

  • Foto: Divulgação/Prefeitura de Belo HorizonteFortes chuvas atingem Minas GeraisFortes chuvas atingem Minas Gerais

A capital e a região metropolitana são as áreas mais atingidas. Todos as 11 mortes aconteceram em cidades da Grande Belo Horizonte:

  • 2 em Belo Horizonte;
  • 1 em Contagem;
  • 4 em Betim;
  • 4 em Ibirité.

As buscas por desaparecidos seguem em todos esses municípios. No interior, em cidades como Matipó e Manhuaçu, ambas na Zona da Mata, há relatos nas redes sociais de inundação e pessoas ilhadas.

A Defesa Civil havia anunciado neste sábado haver 16 desaparecidos, número que pode ser alterado por causa da alta verificada no total de mortes desde sexta, quando foram confirmados três óbitos.

O Corpo de Bombeiros informou que 36 cidades do Estado registram neste sábado vítimas e danos por causa das chuvas. Há ainda 2.554 desalojados, 791 desabrigados e sete feridos, segundo informações do coronel Rodrigo Rodrigues, chefe do Gabinete Militar do governo do Estado e coordenador da Defesa Civil em Minas.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Edgar Estevão, afirmou que as buscas por desaparecidos podem sofrer paralisações ao longo do dia por causa do encharcamento do terreno.

"Temos risco para as próprias guarnições. Em alguns momentos, os trabalhos precisam ser suspensos para avaliação", disse, citando o caso dos dois bombeiros atingidos por deslizamento em Betim enquanto procuravam por soterrados. "Estavam chegando à vítima que procuravam", acrescentou.

Os bombeiros informaram ainda que as buscas não podem contar, ao menos por enquanto, com helicópteros, por causa do teto baixo, ou seja, pela grande concentração de nuvens em baixa altitude sobre as regiões sobretudo no interior atingidas pelas chuvas.

"Estamos chegando por terra", afirmou.

Entre as 9 horas da quinta-feira, 23, e as 9 horas de sexta, foi registrado em Belo Horizonte recorde do volume de chuvas em 24 horas: foram 171,8 milímetros. O número anterior era de 164,2 milímetros em 14 de fevereiro de 1978. As marcas envolvem 110 anos de medições.

Há previsão de mais chuvas neste sábado na capital e em cidades já atingidas pelas tempestades no interior.

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