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Piauienses presas com droga no estômago em SP pedem liberdade à Justiça

O pedido das duas irmãs foi ajuizado, nessa quinta-feira (01), junto à 2ª Vara Federal de Guarulhos.

A defesa das irmãs piauienses Ingrid da Silva Castro, 23 anos, e Agatha da Silva Castro, 24 anos, presas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), no dia 28 de maio, ao tentarem embarcar para Paris com cocaína no estômago ingressou com pedido de liberdade, nessa quinta-feira (01), junto à 2ª Vara Federal de Guarulhos.

No pedido, a advogada alegou que ambas não possuem antecedentes criminais, não integram qualquer organização criminosa e tampouco se dedicam a atividades criminosas.

Em relação a Agatha, foi argumentado que possui duas filhas, de 5 e 8 anos, que estão sendo cuidadas pela avó da acusada, de 71 anos, que tem a saúde debilitada e que está em tratamento médico constante.

Foto: Reprodução/InstagramAgatha Castro e Ingrid Castro
Agatha Castro e Ingrid Castro

“As indiciadas têm residência fixa, conforme comprovante de residência acostado aos autos, e trabalham informalmente, fazendo “bicos” para se manterem. Não havendo, portanto, motivos, e nem interesse para as requerentes atrapalharem os tramites processuais”, diz trecho do pedido.

Ao final, a defesa requereu que seja revogada a decisão que converteu as prisões em flagrante em preventiva, seja reconhecida a ausência absoluta de qualquer dos fundamentos que as justifiquem, devendo ser concedida a liberdade provisória sem decretação de fiança.

Entenda o caso

Ingrid da Silva Castro e Agatha da Silva Castro, naturais de Teresina, foram presas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), transportando cápsulas de cocaína no estômago. Conforme a Polícia Federal, as jovens foram flagradas ao tentar embarcar para Paris, na França, na noite do último domingo (28).

O entorpecente foi identificado por meio de exames de imagem e logo que a droga foi detectada, a Polícia Federal encaminhou as duas irmãs para a unidade hospitalar mais próxima, devido ao risco de morte. No hospital, a equipe de saúde responsável teve que adotar um procedimento para que a droga fosse expelida do corpo com segurança.

Ingrid da Silva Castro e Agatha da Silva Castro residem no Parque Progresso II, conjunto Renascença, localizado na zona sudeste de Teresina.

Prisão convertida

No dia 30 de maio, o juiz federal substituto Alexey Süüsmann Pere, da 2ª Vara Federal de Guarulhos, converteu em preventiva a prisão em flagrante das irmãs.

O magistrado destacou na decisão que “a prisão se impõe por conveniência da instrução criminal, para permitir, ao seu final, a aplicação da lei penal, já que não há vínculo comprovado das indiciadas com o distrito da culpa, e elas foram flagradas no momento de deixar o país com considerável quantidade de entorpecente, portanto, com contato com grupo criminoso no exterior que poderia acolhê-las em face do risco de imposição de elevada pena, sendo evidente o perigo de evasão caso prematuramente colocadas em liberdade”.

Irmãs tiveram pai executado neste ano

O pai de Agatha e Ingrid, Clemilton Pereira Castro, 42 anos, mais conhecido como Miltinho, foi assassinado com mais de 10 disparos de arma de fogo, enquanto dormia em uma rede, em casa, no conjunto Parque do Sol, zona sudeste de Teresina. O crime ocorreu no dia 10 de fevereiro de 2023.

Vizinhos relataram à Polícia Civil que a vítima estava sozinha, quando os suspeitos entraram na casa e se depararam com Clemilton deitado na rede, na sala. Foram efetuados mais de 10 disparos de arma de fogo, a maioria na região do rosto, e os demais atingiram braço, peito, pescoço e boca.

Em seguida, os suspeitos fugiram correndo pela rua e os vizinhos acionaram a polícia. Clemilton Pereira Castro já era conhecido pela prática de crimes e a principal suspeita é que a morte dele tenha relação com dívida de tráfico de entorpecentes.

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