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Imagens do Ministério da Justiça de 8 de janeiro foram apagadas, dizem emissoras

O ministério teria dito à PF que as gravações ficam armazenadas por até 15 dias no sistema interno.

As emissoras Record TV e CNN divulgaram, nessa terça-feira (29), que agentes da Polícia Federal revelaram que as imagens do Ministério da Justiça do dia 8 de janeiro foram apagadas.

Até o momento, o ministro Flávio Dino autorizou a entrega de imagens de duas câmeras do ministério, que gravaram a parte da frente. No entanto, as imagens das câmeras laterais, da parte de trás e de dentro dos prédios foram apagadas, de acordo com as emissoras.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1Flávio Dino, em discurso
Flávio Dino

O Ministério da Justiça teria dito à Polícia Federal, segundo as reportagens, que as gravações ficam armazenadas por até 15 dias no sistema do circuito interno de câmeras e depois são descartadas, para liberar espaço.

Em contraponto, o Ministério das Relações Exteriores e outros órgãos preservaram as imagens por considerar a eventual necessidade das gravações na apuração das responsabilidades.

Já conforme a Record, a informação interna do Ministério Justiça para a Polícia Federal, órgão subordinado à pasta de Dino, é que o governo não viu necessidade de armazenar essas imagens, já que não houve ataque ao interior daquele edifício. O Ministério da Justiça teve duas janelas atingidas, sendo uma por pedra e outra por bola de gude.

Flávio Dino se recusou a entregar imagens do Ministério da Justiça

Em relação ao Palácio da Justiça, o pedido das imagens foi feito pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro há cerca de um mês. Num primeiro momento, o ministro Flávio Dino se recusou a entregá-las sob alegação de que o envio das gravações poderia “prejudicar as investigações”.

Diante da insistência da CPMI, que avaliou possibilidade de entrar com uma queixa-crime contra Dino, o ministro argumentou que precisava de autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator dos inquéritos do 8 de janeiro. Moraes autorizou o envio.

Após autorização do ministro, Dino entregou as imagens de duas câmeras, mas a CPMI reiterou o pedido para que as imagens de todos os equipamentos fossem disponibilizadas. Agora, porém, a informação ainda não oficial é que as imagens foram apagadas.

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