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Governo Lula é criticado por não diminuir mortalidade de yanomamis

O avanço da malária, doenças gripais e diarreias são as principais causas de morte na Terra Indígena.

O governo Lula (PT) vem enfrentando críticas por não conseguir diminuir o índice de mortalidade dos yanomamis durante o primeiro ano de mandato. Ainda no início de 2023, o presidente declarou estado de emergência no território indígena, que não produziu grandes efeitos em relação ao contingenciamento de mortes na região.

Segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, de janeiro a novembro de 2023 foram registradas 308 mortes na Terra Indígena Yanomami. Os dados não englobam o mês de dezembro. Dessas vítimas, 162 são crianças de zero a quatro anos. Desse total, 104 vítimas eram bebês de até um ano. Esse número cresceu principalmente no segundo semestre de 2023, em que foram totalizadas 136 mortes, registradas de janeiro ao dia 23 de junho.

Foto: Divulgação/Ministério da SaúdeBebês yanomamis são resgatados pelo Ministério da Saúde
Bebês yanomamis são resgatados pelo Ministério da Saúde

Entre as principais causas que influenciam no índice de mortalidade infantil estão os casos recorrentes de malária, gripe e doenças diarreicas. Comparando ao ano retrasado, em 2022, foram totalizadas 343 mortes no território, conforme divulgado pelo governo.

Para o Instituto Socioambiental (ISA) e defensores dos indígenas, esse registro é resultado da falta de articulação do governo brasileiro. Em agosto de 2023, o instituto publicou relatório que destaca que a expulsão dos garimpeiros não foi seguida de um trabalho para estabilizar a situação, o que implicou na não regressão do índice de mortalidade na região.

Diante dos números, o Ministéiro Público Federal (MPF) e o Judiciário ingressaram, em dezembro de 2023, com ação para pressionar o Governo Federal a elaborar um novo plano de combate ao garimpo na terra indígena.

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