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Governo Lula ameaça retaliar deputados da base que assinaram urgência do PL da Anistia

Nessa segunda-feira (14), a oposição protocolou o pedido de urgência do PL, após somar 262 assinaturas.

O Governo Lula começou uma força-tarefa para pressionar os parlamentares dos partidos da base que assinaram o requerimento de urgência do projeto de lei (PL) que propõe a anistia aos presos pelo 8 de janeiro de 2023. Nessa segunda-feira (14), a oposição protocolou o pedido de urgência da PL, após o somatório de 262 assinaturas favoráveis.

Do total, pelo menos 146 deputados estão na lista de retaliação do Palácio do Planalto, pois pertencem a partidos que possuem ministérios no governo petista. Uma das medidas previstas é a demora do pagamento de emendas de Orçamento aos deputados, ou a revisão das indicações para cargos ou funções em suas bases eleitorais.

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilPresidente Lula
Presidente Lula

O União Brasil é o partido responsável pelo maior número de assinaturas, com 40 deputados signatários. Em segundo lugar está o Progressistas, com 35, enquanto o Republicanos obtém 28, PSD 23 e o MDB contabiliza 20 assinaturas de parlamentares. O líder do Partido Liberal na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), reagiu às possíveis medidas para pressionar os deputados que aderiram ao PL da Anistia. Agora, os parlamentares que desejarem retirar sua assinatura deverão fazer o pedido por escrito, o que amplia a exposição e a possibilidade de cobrança de suas bases eleitorais

“Devido às notícias recebidas que o governo está pressionando os deputados a retirar assinaturas, mudei a estratégia e agora estou protocolando o documento e ficam públicos todos [os nomes dos] que assinaram. O governo não vai nos pegar de surpresa mais”, anunciou Sóstenes Cavalcante.

Desde que a oposição anunciou o alcance das 257 assinaturas necessárias para aprovação do pedido de urgência do projeto de lei, os líderes do Governo Lula iniciaram a operação para pressionar os líderes dos partidos do Centrão, com o intuito de forçar a retirada de assinaturas dos deputados. O requerimento já foi apresentado ao colégio de líderes, que estava previsto para ser protocolado após o feriado de Páscoa, com a volta dos trabalhos presenciais.

Entretanto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) liberou que os deputados votassem pelo sistema remoto, esvaziando o plenário.

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