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Brasil impede ingresso de 69 turistas dos Estados Unidos

A regra entrou em vigor no último dia 10 de abril, por determinação do Governo Lula.

A Polícia Federal impediu a entrada de 96 turistas provenientes dos Estados Unidos, Austrália e Canadá desde que voltou a valer a exigência de visto para cidadãos desses países. A regra entrou em vigor no último dia 10 de abril, por determinação do Governo Lula, que retomou a política de reciprocidade diplomática.

De acordo com levantamento da PF, os dados abrangem o período entre os dias 10 e 15 de abril. Nesse intervalo, 69 norte-americanos foram impedidos de entrar no Brasil por não apresentarem o visto obrigatório. O número representa 1,13% do total de 6.120 cidadãos dos EUA que buscaram acesso ao país. A maioria dos casos ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, mas houve também tentativas de entrada por vias terrestres.

Entre os australianos, 15 foram barrados (4,1% do total), enquanto 368 conseguiram ingresso. Já no caso dos canadenses, 12 (1,54%) tiveram a entrada negada, de um total de 789 viajantes. A PF avalia que muitos turistas ainda não estavam cientes da nova exigência, o que explica a maior parte dos bloqueios nos primeiros dias da medida. Segundo o órgão, a situação vem se normalizando com a ampliação da divulgação da regra.

Mudança de política migratória

A retomada da exigência de visto foi anunciada ainda no final de 2022, durante a transição de governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu revogar a política adotada por Jair Bolsonaro em 2019, quando o então presidente isentou unilateralmente cidadãos dos EUA, Canadá, Austrália e Japão da obrigatoriedade do visto de entrada.

A nova diretriz do governo petista se baseia no princípio da reciprocidade: o Brasil volta a exigir vistos de países que também mantêm exigências semelhantes para brasileiros. A medida, que chegou a ser adiada em 2023, agora está em vigor para os três países citados — com exceção do Japão, que posteriormente firmou acordo bilateral com o Brasil, mantendo a isenção mútua.

Nos bastidores, a decisão também é vista como uma resposta às recentes políticas tarifárias e migratórias adotadas pelos Estados Unidos, que têm dificultado a entrada de estrangeiros em seu território.

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