Nessa quarta-feira (23), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, manteve a prisão do conselheiro do Tribunal de Constas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e do ex-chefe da Polícia Civil do RJ, Rivaldo Barbosa. Ambos são réus pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, crime ocorrido em 2018.
Os dois estão presos preventivamente desde março de 2023, e tiveram o pedido de soltura apresentado logo após a concessão de prisão domiciliar ao deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), devido a problemas de saúde. O parlamentar é irmão de Domingos Brazão, e também é réu pelo assassinato da vereadora.

Além deles três, o major Ronald Paulo de Alves Pereira e o policial militar Robson Calixto Fonseca. Investigações da Polícia Federal (PF) indicaram que a morte de Marielle teria sido encomendada por conta do posicionamento dela contrário aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão.
Em denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foi apontando que os irmãos formaram alianças com milicianos, envolvidos em atividades fundiárias consideradas ilegais. Do outro lado, Marielle Franco atuava na Assembleia Legislativa do RJ com políticas habitacionais.
O envolvimento dos irmãos Brazão surgiu após delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso pela morte da vereadora e do motorista Anderson Gomes.
No início do mês, o ministro Alexandre de Moraes concedeu prazo de 30 dias para apresentação das alegações finais na ação penal que trata sobre o crime, que antecede o julgamento do processo. O caso pode ser julgado pela Corte no segundo semestre deste ano.
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