Em agenda na cidade de Pequim nesta segunda-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exaltou a aliança econômica com a China, uma relação que para ele é “indestrutível” e sem retorno. Na ocasião, Lula discursava no Seminário Empresarial Brasil-China, em que também criticou os Estados Unidos.
Segundo o presidente do Brasil, a cooperação sino-brasileira vai ajudar a fortalecer o chamado Sul Global. “Se depender do meu governo e da minha disposição, Brasil e China serão parceiros incontornáveis e nossa relação será indestrutível. Nós dois juntos poderemos fazer com que o Sul Global seja respeitado no mundo como nunca foi”, declarou o petista.

Momentos antes do evento, China e Estados Unidos anunciaram uma trégua parcial na guerra comercial, iniciada pelo republicano Donald Trump. Ambos os países aceitaram reduzir tarifas mútuas por 90 dias.
Evitando cometar o acordo, Lula preferiu critica Trump. “Não existe saída para um país sozinho. Nós precisamos trabalhar juntos, por isso eu não me conformo com a chamada taxação que o presidente dos EUA tentou impor ao planeta Terra de uma hora para outra”, afirmou o presidente.
Há 16 anos, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, seguido pelos Estados Unidos. Uma estimativa feita pela Apex Brasil apontou que os negócios anunciados no seminário empresarial devem movimentar R$ 27 bilhões.
Rebateu críticas
Em resposta a críticas que o Brasil exporta apenas commodities para a China, Lula afirmou que o agronegócio brasileiro tem tecnologia, ao passo em que culpou a falta de investimentos em educação que acabam limitando a produção de bens de maior valora agregado.
Dessa forma, o petista defendeu a integração de áreas como energia, saúde, defesa e tecnologia.
Transição energética pode ser fonte de investimentos
Ainda conforme o presidente do Brasil, o país ocupa uma posição estratégica para liderar a transição energética global, visto que oferece condições singulares para atrair investimentos internacionais. Dessa forma, o apoio chinês também permitira o avanço na montagem de baterias e refino de minerais críticos.
Além disso, o intercâmbio cultural e educacional entre a China e o Brasil, e que pretende agradecer pessoalmente Xi Jinping pela confiança mútua entre os dois governos.
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