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Ciência e Tecnologia

Elon Musk quer que pessoas possam dizer coisas "escandalosas" no Twitter

Após cerca de uma hora de reunião, porém, Musk não confirmou se seguirá em frente com o plano de compra.
Por Estadão Conteúdo

Elon Musk teve uma reunião virtual com funcionários do Twitter nesta quinta, 16, e revelou seus planos caso concretize a aquisição de US$ 44 bilhões. Entre os planos estão a indicação de demissões, a intenção em tornar a rede mais próxima do TikTok e, como esperado, afrouxamento nas regras de moderação.

Sobre moderação, o bilonário deu pistas do que pretende fazer. "As pessoas deveriam poder dizer coisas escandalosas dentro da lei, mas esses discursos não deveriam necessariamente ser amplificados", disse, segundo a imprensa dos EUA. Ele também afirmou ser favorável que usuários paguem para ser verificados - isso deveria ser usado para priorizar como a plataforma ranqueia o que as pessoas veem.

Segundo o New York Times, Musk revelou a investidores que planeja cortar cercar de 900 dos 7 mil funcionários da companhia. O assunto surgiu na reunião desta quinta e Musk não desmentiu o plano. Ele disse: "No momento, os custos são maiores do que a receita. Essa não é uma situação boa. A empresa precisa ser saudável". Veículos americanos reportagem que, nas redes internas do Twitter, o clima era de pessimismo sobre o futuro.

Sobre o modelo de trabalho, Musk afirmou que o home office poderá permanecer na companhia - no começo do mês, Musk ameaçou demitir funcionários da Tesla que se recusavam ao retorno presencial. "Não faria sentido demitir alguém que trabalha remotamente está fazendo um ótimo trabalho. Não sou a favor de coisas malucas", disse o bilionário.

Em relação ao plano de receitas, o empresário reforçou a ideia de ter um modelo baseado em anúncios publicitários e também assinaturas. No último mês também surgiram questionamentos sobre o desejo de Musk de manter o modelo da companhia. Ele, porém, reforçou a necessidade de que os anunciantes sejam de "boa qualidade". Musk revelou o desejo de atingir 1 bilhão de usuários ativos no serviço, quase cinco vezes a marca atual (229 milhões, segundo o balanço mais recente).

Um dos caminhos seria tornar a rede social mais parecida com o TikTok. Segundo o New York Times, Musk elogiou a rede social chinesa por não ser "chata" e manter os usuários "entretidos". "Podemos colocar o Twitter no caminho para ser interessante", disse. Além do TikTok, Musk citou o WeChat, superapp de comunicação da China. "Não há nada equivalente ao WeChat fora da China. Na China, você basicamente mora no WeChat. Se pudermos recriar isso no Twitter, será um sucesso", disse.

Após cerca de uma hora de reunião, porém, Musk não confirmou se seguirá em frente com o plano de compra.

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