Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, estenderá por mais 90 dias o prazo dado à chinesa ByteDance, dona da plataforma TikTok, para a venda de 50% de suas operações no país, evitando o banimento do aplicativo.
Nessa terça-feira (17), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que “o presidente Trump assinará uma ordem executiva adicional nesta semana para manter o TikTok em funcionamento”. O prazo já foi prorrogado duas vezes pelo presidente, após determinação do Congresso, que estava prevista para janeiro.

A porta-voz acrescentou ainda que Trump “não quer que o TikTok fique no escuro” e que garantirá, até meados de setembro, que a venda seja concluída, permitindo que o aplicativo continue sendo usado pelos cidadãos norte-americanos, que devem ter seus dados protegidos.
“Provavelmente teremos que obter a aprovação da China, mas acho que conseguiremos. Acho que o presidente Xi [Jinping] acabará aprovando”, declarou Trump sobre estender novamente o prazo.
ByteDance
A ByteDance havia informado, em abril, que a venda do aplicativo ainda estava distante. A empresa citou, em seu canal oficial no WeChat, “desacordos importantes” entre a companhia e o governo norte-americano.
Também informou, no comunicado, que qualquer passo na negociação deverá se sujeitar às leis chinesas e que a Justiça do país tem autoridade para fazer “revisões relevantes” sobre o acordo.
No dia anterior, o presidente norte-americano disse que daria outros 75 dias de prazo, que terminariam nesta quarta-feira (18), para que a plataforma de vídeos chegasse a um acordo e não fosse banida.
“O acordo requer mais trabalho para garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas […]. Não queremos que o TikTok ‘desapareça’. Estamos ansiosos para trabalhar com o TikTok e com a China para fechar o acordo”, declarou o republicano. Ele publicou na Truth Social que a extensão do prazo é necessária para articular um acordo para a venda do TikTok.
A rede social foi alvo de uma lei sancionada em 2024 pelo ex-presidente Joe Biden, que exigia a venda de 100% das operações a uma empresa norte-americana. Caso contrário, seria banida dos EUA.
Os EUA retiraram a rede do ar em 19 de janeiro, mas a operação foi retomada no dia seguinte, quando Trump decretou que daria 75 dias (até 5 de abril) para que o TikTok integrasse 50% de suas operações a uma empresa local.
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