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Teresina - Piauí

Jivago Castro:"se o isolamento passar do dia 30 seremos obrigados a demitir"

O empresário disse que o governador Wellington Dias (PT-PI) e o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), precisam apontar soluções para a crise econômica.

Os empresários do Piauí estão apreensivos com o futuro da economia e com a falta de resposta do poder público frente as medidas de isolamento social adotadas por conta da pandemia de coronavírus. O empresariado tem começado a pedir ‘socorro’ por não ter mais condições de manter os acordos firmados e assim evitar demissões.

Nesta mesma situação se encontra o empresário do ramo da construção civil, o engenheiro Jivago Castro que, durante entrevista ao GP1 nesta quinta-feira (16), disse que o governador Wellington Dias (PT-PI) e o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), precisam apontar soluções para a crise econômica.

Jivago afirmou que reconhece que os dois gestores foram diligentes no primeiro momento, impondo a quarentena para evitar a proliferação da covid-19, mas ponderou que a maioria dos empresários não tem mais condições de manter os funcionários.

  • Foto: Facebook/Jivago Castro Jivago Castro Jivago Castro

“Reconheço que foram diligentes colocando todos em quarentena, mas nos preparamos para 15, 30 dias de isolamento. Agora precisamos de uma resposta que não nos tem sido dada. Não temos mais como manter os acordos feitos no primeiro momento. Estamos sendo obrigados a adotar medidas drásticas e sair demitindo. Se o isolamento passar do dia 30 de abril seremos obrigados a demitir. O Governo e a Prefeitura têm que fazer mais do que lives e propagandas, porque é só isso que temos visto”, disparou Jivago.

“Não tem como não pensar em todos os cenários, precisamos de um planejamento. Temos despesas fixas, ativos, tivemos que dispensar obras. As duplicatas não param de chegar. Os clientes estão prorrogando os pagamentos. Agimos de boa-fé, adotamos as recomendações para não demitir e segurar o pessoal, mas não temos mais como fazer isso”, frisou.

Parados

O engenheiro disse ainda que apenas três estados entre eles, o Piauí, decidiram paralisar a construção civil. “É um dos setores que mais empregam. Os poderes têm que encontrar um equilíbrio entre a saúde e a economia. Não temos mais como pagar a folha. Precisamos tomar todas as precauções e irmos reabrindo aos poucos. A Prefeitura e o Governo precisam dar alguma resposta para a economia além de fazer live e gastar com propaganda. As pessoas precisam voltar a trabalhar”, concluiu o empresário.

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