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Economia e Negócios

Recursos para 13º do Bolsa Família estão garantidos, diz Terra

Ministro da Cidadania confirmou afirmação do presidente da República sobre anúncio no balanço dos 100 dias de governo; recurso virá do combate à fraudes no programa.

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, afirmou nesta segunda-feira, 8, que os recursos para o pagamento do 13º salário para os integrantes do Bolsa Família sairão do Tesouro. Terra ressaltou que os pagamentos estão garantidos e que isso será anunciado no balanço dos 100 dias de governo, conforme já antecipou o próprio presidente Jair Bolsonaro.

"O presidente já anunciou que vai pagar (o 13º do Bolsa Família). Nos dois últimos anos, nós reduzimos em R$ 15 bilhões o gasto com auxílio-doença, reduzimos o (número de beneficiários) Bolsa Família. De 17 milhões de famílias em 2015, hoje tem 13,9 milhões. E isso foi graças a um pente fino e isso reflete no orçamento deste ano", disse o ministro.

  • Foto: André Horta/Fotoarena/Estadão ConteúdoOsmar TerraOsmar Terra

Segundo ele, a Junta Orçamentária já decidiu que parte dessa economia vai para o pagamento do Bolsa Família. "O dinheiro que economizamos com as ações de pente-fino nos últimos dois anos refletem no orçamento deste ano. Então, sai dessa vala, porque senão o Tesouro engole tudo. O dinheiro vem todo dessa vala comum", explicou o ministro.

Na noite da última quinta-feira, 4, o presidente Bolsonaro antecipou que irá cumprir a promessa de campanha e pagar o 13º do Bolsa Família. Em uma transmissão ao vivo no Facebook, ele disse que os recursos para viabilizar o pagamento virão do combate à fraude no programa. "De onde virá o recurso? Do combate à fraude. Existe muita fraude. Então vamos continuar esse trabalho muito cansativo porque tem que pegar um a um, fazer cruzamentos, mas está dando resultado e o 13º está garantido para o pessoal do Bolsa Família no final do ano", declarou o presidente.

MDB no Ministério

Terra também tentou minimizar as especulações sobre uma possível saída do cargo do secretário de Esporte, general Marco Aurélio Vieira, área agora subordinada à sua pasta. "Por enquanto não tem mudança. Precisamos botar o bloco na rua. Nossa dificuldade é juntar três ministérios em um e fazer funcionar lá na ponta. Não tem de ficar mudando secretários. Tem é de fazer eles trabalharem e todos estão", declarou o ministro, ao ser questionado se a Secretaria de Esporte poderia ser entregue ao MDB, com João Manoel Santos Souza, do Maranhão, que seria ligado ao ex-presidente José Sarney.

Osmar Terra reconheceu, no entanto, que "há um jogo de interesses, de bastidores", sem querer especificá-los. Afirmou ainda que não dá para ficar preocupado com essas especulações porque "se ficarmos preocupados com isso, não fazemos nada".

Vieira esteve reunido com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta segunda-feira, sem a presença do titular da pasta. O ministro Osmar Terra, por sua vez, estará com Bolsonaro no final da tarde. "Ele tinha uns assuntos dele, específicos, para tratar com o presidente", desconversou o ministro, acrescentando que "não tem nada disso (de o secretário de Esportes estar deixando o cargo)".

As mudanças na pasta começaram a ser discutidas no contexto de ampliar a base partidária do governo no Congresso, no momento em que o Planalto tenta conseguir os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência. Santos Souza é filho do ex-senador João Alberto, que hoje preside o MDB maranhense.

Osmar Terra também é do MDB, que tenta se cacifar para preencher a vaga no Ministério da Cidadania. Diante da dificuldade de ampliação da base e obtenção dos votos, o presidente Jair Bolsonaro inaugurou, na semana passada, uma conversa com os presidentes dos partidos. Ele promete dar sequência aos encontros nesta semana com mais seis dirigentes.

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