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Bolsonaro diz que vai vetar possibilidade de reajuste a servidores

"Eu sigo a cartilha de Paulo Guedes na economia. Se ele acha que deve vetar, assim será feito", disse o presidente.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 7, que vai vetar o trecho do projeto de ajuda aos estados que abre possibilidade de reajuste salarial para categorias de servidores públicos, mesmo em meio à pandemia de coronavírus.

"Eu sigo a cartilha de Paulo Guedes na economia. Se ele acha que deve vetar, assim será feito", disse o presidente.

Antes, ainda na reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, Guedes defendeu o veto ao trecho do projeto de ajuda financeira aos Estados que amplia a quantidade de categorias de servidores que poderão ter reajuste salarial. "Nós vamos pedir que vete o aumento de salários até dezembro do ano que vem", afirmou Guedes.

"Agora, há sempre manobras, empurra para cá, empurra para lá, manobra normal da democracia. Não estou reclamando em nada do processo democrático. Eu apenas pedi ao presidente que resolva com as ferramentas que ele tem, de vetar esse aumento, caso ele venha", continuou o ministro.

No texto aprovado pelo Congresso, foram poupados do congelamento servidores da área de saúde (como médicos e enfermeiros), policiais militares, bombeiros, guardas municipais, policiais federais, policiais rodoviários federais, trabalhadores de limpeza urbana, de assistência social, agentes socioeducativos, técnicos e peritos criminais, professores da rede pública federal, estadual e municipal, além de integrantes das Forças Armadas.

Segundo o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), que capitaneou o movimento entre os deputados, a articulação teve o respaldo do presidente Jair Bolsonaro. "Sou líder do governo e não líder de qualquer ministério", disse ele, da tribuna da Câmara, ontem.

As diversas categorias de servidores mostraram força de mobilização e pressão no Congresso, mesmo com as críticas de diversos setores da sociedade civil, afetados pela crise com demissões e corte de salários, que cobraram medidas semelhantes dos servidores.

De acordo com dados oficiais, hoje já são mais de 5,5 milhões de trabalhadores que tiveram o salário reduzido ou o contrato suspenso por causa da crise provocada pela pandemia. A expectativa é que 73% dos empregados formais sejam atingidos com uma das duas modalidades. Outros 50 milhões de pessoas já receberam o auxílio emergencial de R$ 600 pago pelo governo a desempregados e informais.

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